Estão definidos os vencedores da edição 2015 do Prêmio Arte na Escola Cidadã, iniciativa que tem por objetivo revelar e reconhecer trabalhos criados e desenvolvidos por educadores que aprimoram a qualidade do ensino com intervenções artísticas. Neste ano, cerca de 667 trabalhos foram inscritos no prêmio e avaliados por professores de Artes Visuais, Dança, Música, Teatro, entre outras linguagens referentes à arte, de universidades de todo o Brasil.
Entre os vencedores, está o projeto “Stop! Motion Motion Motion”, da professora Kelly Cristine Sabino, da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa teve como objetivo fazer com que os pequenos estudantes compreendessem o processo de criação e execução de uma obra coletiva.
O processo contou com aulas de animação e desenho animado, no qual os alunos elaboraram seus flipbooks. Na sequência, os estudantes fizeram brinquedos ópticos e aprenderam sobre a história do cinema e da animação. Em seguida, trabalharam a criação de stop motion, uma técnica que utiliza uma sequência de fotografias diferentes de um mesmo objeto para simular seu movimento.
“Esse prêmio foi importante pelo reconhecimento do trabalho feito em sala de aula, que para mim foi uma descoberta, já que eu nunca havia dado aula para o Ensino Fundamental. E esse prêmio selou uma relação de parceria ente mim e os alunos”, afirma.
– Confira os projetos vencedores do prêmio
Já a professora de arte Poliana Genovali Seleio Lirussi, da E.E. Benedito Fagundes Marques, localizada em Franco da Rocha, São Paulo, ganhou uma menção honrosa pelo projeto “Instalação Arte Egípcia”. A iniciativa consistiu em uma mega exposição no pátio da unidade escolar sobre a cultura egípcia. Nesse sentido, pirâmides, sarcófagos, entre outros objetos que compõe a história do Egito foram criados com materiais recicláveis, tudo com a ajuda dos estudantes do Ensino Médio.
“Nossa pirâmide cobriu praticamente o pátio inteiro da escola. Dentro dela fizemos outros objetos sobre a história do Egito. Alguns alunos também participaram vestidos de deuses históricos, uma característica do país do Oriente Médio. Outros foram os ‘guias’, que explicavam para os grupos que visitavam a exposição tudo sobre a história do Egito. Cerca de 200 alunos participaram”.
“O mais importante desse prêmio foi conseguir a interação e sociabilização dos estudantes. Eu consegui trazer os alunos ainda mais para dentro da escola”, revela a educadora.
Os professores podem participar do prêmio em cinco categorias: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). No total, cinco professores são premiados. Os ganhadores recebem R$ 10 mil, publicações, certificado de participação, além do troféu. Eles também terão seus percursos pedagógicos registrados em videodocumentários. A cerimônia de premiação está prevista para o dia 25 de novembro, no SESC Consolação, em São Paulo.
Edição 2014
Na edição do ano passado do prêmio, dos cinco vencedores, dois foram professores da rede estadual paulista. Na categoria Ensino Fundamental Anos Iniciais, o ganhador foi “Estudos sobre casas: formas de habitar a arte”, enviado pelo professor Paulo Henrique Lorenzetti, da E.E. Professora Diva Gomes dos Santos, localizada em Mauá. Com a ajuda da Geometria, o educador mostrou às crianças inúmeras possibilidades de criar tanto os espaços físicos como as obras de arte.
Já no Ensino Médio, o prêmio foi para a professora Aline Fernanda Huber Vicente Liberato, da E.E. Professor Waldemar Salgado, na cidade de Santa Branca. Ela participou com o projeto “O sonho do menino Portinari de colorir o Brasil: questões sociais e cultura local nas aulas de arte do Ensino Médio”.