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quinta-feira, 24/11/2005
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Prêmio de Cidadania: escola Tancredo Neves é favorita, nesta quarta-feira (30). Saiba por quê.

Projeto de direitos humanos revolucionou a relação com a comunidade de Heliópolis O maior desafio dos gestores da Escola Tancredo Neves era o que eles viam pela janela: descobrir o […]

Projeto de direitos humanos revolucionou a relação com a comunidade de Heliópolis

O maior desafio dos gestores da Escola Tancredo Neves era o que eles viam pela janela: descobrir o que os 125 mil habitantes da comunidade de Heliópolis precisavam para melhorar a qualidade de vida. Espalhada em uma área de 1 milhão de metros quadrados, a pesquisa de campo não foi uma tarefa das fáceis. Mas quando terminou, o resultado foi compensador. Os moradores de Heliópolis responderam os questionários, e ficou claro que a maior necessidade deles era conhecer os próprios direitos de cidadãos.

De posse desse dado essencial, a escola teve de vencer o segundo desafio: despertar naqueles homens e mulheres a consciência crítica do processo social, contando com o apoio de palestrantes da OAB e a igreja local.

A aprovação da comunidade foi total. Agora, a Tancredo Neves concorre ao prêmio “Construindo a Nação”, promovido pelo Instituto Cidadania, no próximo dia 30.

A clientela da Tancredo Neves chega a 1.700 alunos. A maior parte reside no entorno da escola, dentro da comunidade, onde um limite tênue separa o carente do criminoso. A ação de liderança empreendida pela escola é um exemplo histórico que como as unidades educacionais podem mudar a realidade onde estão inseridas.

“As pesquisas refletiram o nível de conhecimento dos alunos da escola. Agora eles são muito mais críticos e sabem utilizar adequadamente o espaço publico. Ajudam, por exemplo, a preservar nosso principal instrumento de trabalho: a própria escola”, explicou o coordenador pedagógico da Tancredo Neves, João Cavallaro.

O programa que despertou a consciência crítica da comunidade é uma grife educacional que serve de inspiração. Nas salas de aula todas disciplinas passaram a tratar de aspectos da cidadania, com abordagem clara e simples sobre direitos humanos.

Paola Martins