• Siga-nos em nossas redes sociais:
quinta-feira, 19/04/2007
Últimas Notícias

Preocupação com natureza marca comemoração pelo Dia do Índio em Escola Estadual de Guarulhos

Uma aula de educação física diferente marcou o Dia do Índio para alunos de segunda e terceira séries de ensino fundamental da Escola Estadual Carlos Giulietto, em Guarulhos, na Grande […]

Uma aula de educação física diferente marcou o Dia do Índio para alunos de segunda e terceira séries de ensino fundamental da Escola Estadual Carlos Giulietto, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A professora da disciplina, Alessandra Vaz, preparou atividades que lembram Jogos Indígenas. Divididos em turmas, os alunos se divertiram com o cabo de guerra, corrida de tora, futebol de cabeça e o tihimore, jogo que se assemelha ao boliche.

Além dos jogos, a professora Adriana também conversou com os estudantes sobre temas como a lenda da Vitória Régia, abrindo espaço para assuntos como aquecimento global e o caos da natureza. “É importante mostrar para os alunos o grande respeito que os índios têm pela natureza, e que é possível o homem branco seguir este exemplo”, disse Adriana.

Sobre a lenda da Vitória Régia

Os pajés tupis-guaranis contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Naiá – que queria ser transformada em estrela – subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.

E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. Naiá, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.

A lua quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa “Estrela das Águas”, que é a planta Vitória Régia. Nascia aí uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

Celso Bandarra