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quarta-feira, 30/11/2005
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Primeira escola brasileira com rampa de acesso deve ser tombada, em 2006.

”Estadual da Penha” foi construído em 1951 e conta com anfiteatro e piscina Toda documentação foi entregue esta semana (29) ao presidente do Condephaat, órgão que cuida da defesa do […]

”Estadual da Penha” foi construído em 1951 e conta com anfiteatro e piscina

Toda documentação foi entregue esta semana (29) ao presidente do Condephaat, órgão que cuida da defesa do patrimônio histórico, arqueológico, artístico e turístico do Estado de São Paulo. Assim que for aprovado o projeto de tombamento, começará o processo de restauração, para alegria da associação de ex-alunos, da associação comercial do bairro e da ONG Viva a Penha.

Um dos ilustres ex-alunos da escola é o presidente da HSBC Brasil, Emilson Alonso: “O Estadual da Penha”, como é conhecida a escola, foi a primeira escola do Brasil a se preocupar com a questão da acessibilidade e a primeira a ter rampas de acesso.

A entrega da documentação ao presidente do Condephaat, José Melhiem, foi realizada na sede da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Presentes à reunião, o diretor executivo da Fundação, Miguel Haddad; o diretor de Obras e Serviços, Jaderson Spina; o diretor regional do HSBC, Odair Dutra, representando o presidente do banco; ex-alunos da escola, gestores e representantes da APM.

De acordo com o presidente do Condephaat, “prédio já apresenta um valor arquitetônico e histórico relevantes para seu tombamento. Por isso, as chances são grandes”.

“As novas tecnologias de construção de escolas, usadas em São Paulo, não devem inibir o processo de tombamento dos edifícios com valor histórico, patrimonial e arquitetônico”, disse Miguel Haddad, presidente da FDE.

A rede estadual paulista conta com 150 prédios escolares tombados, construídos entre 1890 e 1920. O prédio da Nossa Senhora da Penha faz parte do grupo de escolas construídas no final dos anos 40, início dos anos 50, quando o Estado e a prefeitura firmaram um convênio para atendimento à demanda escolar.

O projeto é do arquiteto Eduardo Corona de 1951. O prédio tem uma arquitetura considerada moderna para a época, com piscina e anfiteatro.

Segundo o presidente do Condephaat, o primeiro passo agora é realizar um pré-estudo, o que já garante ao prédio proteção. Depois, o conselho deliberativo faz uma análise. “Está tudo muito organizado. A documentação entregue já possui até as plantas e os registros históricos. A FDE adiantou bastante todo este trabalho de levantamento, que é o que nos toma muito tempo. Agora a análise será mais rápida. Acredito que até o início do ano esteja tudo definido”, explica José Melhiem.