O Governo do Estado apresentou na tarde desta quinta-feira, na EE Ênio Voss, na Zona Sul da Capital, mais uma etapa do Programa Ler e Escrever, com o início oficial das atividades dos professores auxiliares que vão atuar nas classes da 1ª série do ensino fundamental da Capital. Os primeiros professores auxiliares já estão em 1.182 classes de 405 escolas da Capital. Os auxiliares são universitários selecionados por instituições de ensino conveniadas com a Secretaria de Educação.
Para o governador José Serra, que esteve presente no evento, a iniciativa trará uma melhoria significativa ao processo de alfabetização, citando como exemplo o caso da Prefeitura de São Paulo, que implantou o projeto no ano passado. “Na Prefeitura de São Paulo, o número de alunos que chegavam a 3ª série do ensino fundamental sem saber ler e escrever baixou de 40% para 15%, sem que o programa estivesse funcionando plenamente. E isso vai acontecer aqui no Estado”, disse. Ao todo, deverão ser atendidos 102 mil alunos, de 613 escolas de ensino fundamental da Capital.
Vamos implantar o programa do professor auxiliar primeiro na Capital. Depois, vamos expandir para a Grande São Paulo, para as grandes cidades do Interior do Estado e por fim estudaremos se há necessidade dos municípios menores receberem os universitários”, explicou a secretária Maria Lucia Vasconcelos.
O programa prevê ainda que professores das instituições de ensino conveniadas atuem como orientadores, os quais serão responsáveis pelo projeto pedagógico da instituição, seleção e supervisão dos universitários na sala de aula. Participam do projeto 26 instituições de ensino, que assinaram o convênio com a Secretaria de Educação. Cada instituição conveniada receberá R$ 500 por turma de 1ª série atendida. Esse valor será usado para complementar a mensalidade dos universitários e custear o professor que orientará o projeto na faculdade.
Além de oferecer reforço nos ensino aos alunos da rede estadual que estão em fase de alfabetização, atuar como professor auxiliar, possibilitará aos universitários mais experiência em seu processo de formação. Eles terão a oportunidade de levar para suas instituições de ensino questões ligadas ao dia-a-dia do processo de alfabetização. Nesse contexto, os professores que já atuam na escola terão papel fundamental na formação e aperfeiçoamento desses novos profissionais. “A experiência também ajuda as faculdades a melhorar a formação pedagógica”, disse o governador José Serra.
Boa ajuda
A colaboração dos professores auxiliares tem sido bem avaliada pelos professores titulares das classes onde os universitários começaram a atuar. “É uma iniciativa muito positiva, algo que só vem a somar e quem ganha, acima de tudo, é o aluno”, diz a professora Tatiana Anselmo Kim, de 28 anos, titular de uma classe de 1ª série na EE Ênio Voss. Com 36 alunos na classe, Tatiana tem a colaboração da universitária Severina Maria da Silva há um mês.
“Tem sido uma troca. Ela me ajuda com os alunos e, ao mesmo tempo, adquire experiência, coloca em prática o que aprende na faculdade”, avalia.
Para Severina, a experiência tem sido muito boa. “É a primeira vez que tenho a oportunidade de trabalhar com as crianças e essa vivência é, sem dúvida, muito importante para o meu processo de formação”, diz ela, que cursa o 2º ano do curso de Pedagogia no Instituto Superior de Educação de São Paulo / Singularidades.
Ler e Escrever
O Programa Ler e Escrever – Prioridade na Escola, teve início neste ano, com o início da elaboração de material pedagógico a ser implantado no ano que vem. O programa tem por objetivo melhorar a qualidade da educação, priorizando a aprendizagem da leitura e da escrita.
Entre outros aspectos, o Programa Ler e Escrever consiste na melhoria do material pedagógico utilizado pelos professores da rede e na implantação de processos de capacitação para que os professores tenham melhor aproveitamento desses materiais.