Todos os professores têm se reinventado e buscado novas formas de ministrar suas aulas durante a pandemia. Dentre eles está o professor de física Giba Dias, que topou o desafio e hoje faz parte do grupo de educadores do Centro de Mídias SP (CMSP) que transmite aulas online para alunos de todo o Estado.
“É diferente estar ali na frente de câmeras em um estúdio, então eu fiquei um pouco nervoso no início. Mas a medida em que o tempo vai passando você vai interagindo com os alunos, se aproximando e criando um vínculo diferente, através da câmera. Estou gostando muito dessa experiência”, explicou o professor de física.
Durante a transmissão ao vivo do bate-papo, o secretário de Educação do Estado Rossieli Soares repassou a Giba os elogios e as perguntas feitas por outros professores pelo chat do CMSP. Em uma delas, um professor elogiou a dinâmica de Giba que realiza até danças durante as aulas. O secretário Rossieli questionou se ele tinha medo de virar meme na internet por conta disso. “Nós tivemos um caso no começo, mas eu acho absurdo ainda ver algumas coisas. Eu vi professores dizendo ‘Ah a gente vai fazer vídeo e tem medo de virar um meme’ porque as vezes a meninada faz uma brincadeira ruim e isso acaba se espalhando”, comentou o secretário.
Giba ficou conhecido como o Bruxo da Física e contou que as danças já fazem parte do seu modelo de aula para torná-las mais atrativas. “Eu não tive problema com os alunos, sempre fui um professor bem espontâneo, eu brinco com os alunos para que eles aprendam mais facilmente.”
O professor de física também explicou que, além do conteúdo, todo material reproduzido nas aulas tem que ser revisado por conta dos direitos autorais, dos livros, filmes e até músicas que podem ser usados. “A produção da aula começa desde o plano de aula; primeiro tem a questão da habilidade que vai ser trabalhada no bimestre, depois tem a produção das aulas, fazemos o Power Point que vai ser exibido e explicamos como vai ser dividido o tempo da aula: apresentação, explicação conversa com os aulas, etc. É longo o processo até a aula chegar ao ar para os nossos alunos”, disse.
Giba ainda conta que a experiência tem o ajudado a adaptar o jeito que fala. “Eu falo um pouco rápido em sala de aula e os alunos já falam ‘Professor não entendi, volta lá, você falou muito rápido’ e ao vivo eu tenho feedback dos alunos no chat, aí eu vou lá dou uma respirada e recomeço”.