Criar métodos lúdicos e dinâmicos são essenciais para estimular os jovens a se dedicarem mais aos estudos. Na rede estadual de ensino, é importante que as escolas desenvolvam projetos para engajá-los cada vez mais nas disciplinas e na tomada de decisões de sua unidade de ensino.
A internet, por exemplo, é uma ferramenta que agiliza o processo de aprendizagem em muitos assuntos. O professor de Matemática Pedro Real da Escola Estadual Santos Amaro da Cruz, na capital paulista, é a maior prova de que trazer ferramentas alternativas para o ensino é a chave para um aprendizado muito mais próspero.
O docente se destacou dentro e fora da unidade depois de romper a barreira das salas de aulas. Com o intuito de promover maior entendimento da sua disciplina, Real criou um canal no Youtube para auxiliar os estudantes. Ele conta que sentiu a necessidade de fazer vídeos explicando alguns exercícios de Matemática.
“O resultado me surpreendeu. No dia seguinte que publiquei o vídeo, perguntei na sala quem tinha assistido e grande parte dos alunos levantaram a mão. Isso me causou um impacto, porque quando dou lições de casa têm muitas restrições”, afirma.
O canal “Pô Bicho!” já tem 8,5 mil inscritos e os vídeos, animados e dinâmicos, ajudam muitos jovens com cálculos que se parecem bastante complicados. O objetivo do docente é fazer com que seus alunos aprendam o passo a passo das equações de uma forma mais descomplicada.
A estudante Luana Rodrigues Galvani comenta que quando descobriu o canal a disciplina ficou muito mais clara. “Sai daquela coisa convencional do professor ficar escrevendo cálculos na lousa e os alunos sentados tentando resolver”, completa.
Seu colega, Matheus Aurélio, também fala sobre a iniciativa do professor. “Ele abriu a porta para nós. Matemática não é fácil para todo mundo, por isso ele conseguiu ajudar muitos alunos”, ressalta o jovem.
Nos vídeos, Real procura explicar o conteúdo abordado na aula seguinte para que os alunos anotem todas as dúvidas e tirem em sala.
“Hoje você não consegue trabalhar em lugar algum se não houver tecnologia. Se a escola não tiver inserida (dentro desse meio), há um perigo de nós formarmos alunos analfabetos digitais”, finaliza a diretora da escola, Sônia Gomes Cruz.