O professor de Física Claudio Menezes, da Escola Estadual Padre Afonso Paschotte, de Mauá, foi um dos vinte professores que realizaram o sonho de todo pesquisador estudioso da matéria. Ele foi até Genebra, divisa entre França e Suíça, para conhecer a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), um dos maiores laboratórios de pesquisa do mundo. A experiência foi proporcionada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), em parceria com o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas de Portugal (LIP).
Juntamente com 19 professores brasileiros de física, antes de chegar ao CERN, Claudio desembarcou em Portugal, para um curso inicial de física de partículas, no LIP, onde ficou entre os dias 24 a 27 de agosto. “A visita dos brasileiros ao laboratório foi feita a convite de Portugal, que é um país membro do CERN, e tem ótima relação com o nosso país”, explicou o professor.
Após o curso inicial, o grupo viajou para Suíça, para então conhecer o CERN, onde permaneceram entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro. “Eu ainda estou vislumbrado com tudo o que vi. Fiquei impressionado com o tamanho. O laboratório tem 27 km de extensão”, relembrou. O CERN abriga o LHC, um dos maiores aceleradores de partículas do mundo.
Experiência marcante, Menezes conta que realizou experimentos, interagiu com os equipamentos e participou de palestras, em português. “Um dos maiores destaques da viagem foi a organização. Lá, nós tínhamos palestras na língua portuguesa, conseguíamos interagir como se estivéssemos no Brasil. As oficinas em língua inglesa tinham ainda intérpretes para que não perdêssemos nenhum momento importante”, disse.
Todo o conteúdo e experiência da visita darão subsídio para que os professores trabalhem em sala de aula os conceitos de física moderna com os alunos do Ensino Médio. “Foi uma rica troca de experiências. Estou ansioso em disseminar aos estudantes as possibilidades que eles têm de entender melhor sobre física e, quem sabe, poder, eles mesmos, um dia visitar o CERN”, disse.
De acordo com Menezes, além do material físico que receberam, a SBF disponibiliza na nuvem o material utilizado nas palestras, como o conteúdo dos slides, além da liberdade que os professores tiveram de fotografar e filmar todo o laboratório e oficinas.
Além da bagagem pedagógica, Menezes lembra que esta foi uma oportunidade única de um intenso intercâmbio cultural, que uniu a paixão pela Física Moderna, com toda a história e peculiaridade europeia. “É uma experiência que marca. Não tem como esquecer”, finalizou.