É impossível identificar quantas vezes ao dia o ser humano se relaciona com questões e elementos que envolvem física. Quando identificamos algum, porém, geralmente é praticando algum movimento, linguagem completamente distinta daquela utilizada pela comunidade científica, cheia de fórmulas e números.
E pensando em fazer a diferença e aguçar a curiosidade e o interesse dos alunos do Ensino Médio pela disciplina, Gilvan dos Santos Souza, professor da E.E. Professora Helena Lombardi Braga, localizada em São Paulo, decidiu aliar a teoria dos livros com experimentos práticos em sala de aula.
Os materiais utilizados na aula são os mais variados. Desde espelhos e apostilas a réguas e lápis de escrever, o professor não mede esforços para passar o conhecimento aos alunos. “Durante a semana, eu fico sempre buscando novas aplicações para levar para a sala de aula”, afirma.
“A ideia partiu do pressuposto de que aprender a disciplina física, que tem conteúdos diretamente ligados a fenômenos da natureza, é um pouco difícil para o aluno compreender quando ele não tem uma aplicação na prática. Percebendo essa dificuldade, eu passei a trazer experimentos para a sala de aula com o objetivo de demonstrar situações do cotidiano em que a física se aplica”, revela o educador.
Com um jeito atencioso, indo de carteira em carteira para tirar as dúvidas dos estudantes, o professor conquistou a sala de aula. “Eu melhorei muito o meu rendimento em Física porque eu não entendia muito bem a disciplina só com fórmulas e questões. E com experimentos eu soube desenvolver mais o meu conhecimento nessa matéria”, afirma a aluna Mayara Bersot Ribeiro.
Agregando conhecimento para o vestibular
Em uma época em que os estudantes se preocupam com o vestibular, Gilvan promove aulas com questões recorrentes das principais provas do País, como o Enem, por exemplo.
“Na turma da 3ª série do Ensino Médio, nós estávamos trabalhando com associação de resistores. E eu trouxe para os alunos uma placa que mostrava exatamente como se dava a associação de resistores, associação em série e associação em paralelo. E esse mesmo experimento acabou caindo na última prova do Enem. Muitos alunos, depois de terem feito a prova, vieram me agradecer”, conta Gilvan.
Para a diretora da unidade escolar, Fabiana Dias Cabral, as aulas do professor Gilvan têm ligação direta com o Currículo Oficial do Estado, que propõe a realização de aulas práticas aos estudantes. “O objetivo dessas aulas de Física é sempre direcionar o aluno para a sociedade para que ele coloque em prática o conhecimento que adquiri por meio dos experimentos, finaliza.