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sexta-feira, 14/10/2022
Notícia

Professora de escola estadual de Mogi das Cruzes é destaque no Atendimento Educacional Especializado

Docente teve vida profissional transformada após atender estudantes com Transtorno do Espectro Autista

Neste sábado, 15 de outubro, é celebrado o Dia dos Professores e na rede estadual de São Paulo não faltam histórias de docentes de destaque. Em Mogi das Cruzes, por exemplo, a professora Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol realiza um trabalho de excelência com alunos Transtorno do Espectro Autismo (TEA) da Escola Estadual Maestro Antônio Marmora Filho.

Maria de Lourdes foi professora de educação física por 27 anos na rede estadual paulista, e, em 2013, dois alunos com autismo transformaram sua vida. “Quando recebi esses alunos, eu não sabia como trabalhar, então comecei a pesquisar muito e conversar com as famílias, fui me informando. Trabalhei como voluntária na APAE e fiz minha pós-graduação na área. Assim que me aposentei decidi que só queria trabalhar com alunos com autismo. Hoje sou contratada e trabalho no Atendimento Educacional Especializado (AEE) desde 2018”, conta.

A professora explica que cada aluno com autismo tem um tipo de aprendizagem. Sendo que, o AEE não é um reforço, é uma forma de ampliar meios e estratégias para que os alunos sejam um aluno leitor, escritor. “Não existe um planejamento pronto, único, o planejamento tem de ser específico para cada aluno, para cada família e a gente procura integrar a vida da escola, os conteúdos curriculares à vida deles”, completa.

Em relação à metodologia, Maria de Lourdes conta que trabalha a leitura através de recursos tecnológicos e ações interativas. “Aqueles que têm bastante dificuldade de aprendizado, eu trabalho com ditados, com resumo, com as palavras do texto. Os alunos que já são leitores-escritores já fazem um mapa conceitual e também usam Jamboard (ferramenta online). Uso também o caderno de meia pauta onde escrevem de um concreto, de uma imagem, para uma escrita. Outro recurso é um sorrofone que é tipo um telefone feito de cano de PVC que o aluno ouve o que está falando, aumentando a concentração, porque o autista tem facilidade para se dispersar”, explica.

Para desenvolvimento cognitivo da matemática, ela conta que procura explorar as quatro operações de uma forma mais lúdica, além dos jogos de mesa e jogos digitais. “A escola precisa ser inclusiva, que respeite as particularidades, as especificidades e que fortaleça a vida social do estudante, para melhorar a autoestima, a autoconfiança e principalmente a autonomia”, conclui a professora.