Recomeçar em uma nova carreira pode ser uma tarefa difícil para muitos. Escolher uma nova profissão para ingressar, depois de anos, em outra área tem seus desafios. E este desafio instigou alguns professores da rede estadual que largaram a sua primeira escolha para ingressar no ensino.
É o caso de Rogério de Capitani, atual coordenador da E.E. Dr.Kyrillos, localizada no bairro Butantã, em São Paulo. Depois de quase 15 anos executando as atividades de publicitário em agências de comunicação, ele tomou a decisão de mudança. “Na carreira profissional, eu comecei a sentir uma necessidade de mudança, de olhar para outras coisas. O objetivo do trabalho começou a não ter mais sentido”, conta.
Capitani se tornou professor, onde permaneceu 10 anos dentro da sala de aula e, desde 2009, atua como coordenador da unidade. Atualmente, Rogério de Capitani se considera uma pessoa com novas características. Segundo ele, se tornou uma pessoa menos ansiosa, mais madura e centrada. “A educação fez com que eu mudasse”, revela.
Realizar um trabalho que colabora com o crescimento de outras pessoas é o principal motivo para Rogério de Capitani permanecer dentro da escola. “Na educação, você não é o autor, você participa, você faz parte, você pode ajudar. O que acaba me movendo é que você faz parte de algo que é bom para muitos, que ensina e aprende junto”, conta.
O professor Joel Pereira de Almeida, da E.E. Célia Ribeiro Landim, localizada no bairro Jardim Nélia, em São Paulo, trabalhou durante 20 anos numa indústria química. Exercendo a função de químico decidiu, em 1998, agregar uma nova função e foi dar aula numa escola da rede pública de ensino.
Mantendo as duas profissões ao mesmo tempo, percebeu que a sua contribuição dentro da indústria não era destinada diretamente à sociedade. Sendo assim, dedicou-se integralmente ao magistério. Atualmente atende a Modalidade de Ensino Médio com o programa de Ensino Integral.
“Dentro da escola de Ensino Integral, eu tenho a possibilidade de fazer aquilo que eu gosto, que é ensinar e, mais do que isso, mostrar para os meus alunos que eles podem ser alguém na vida, que eles podem mudar de vida”, conta.