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segunda-feira, 30/07/2018
EJA - Educação de Jovens e Adultos

Projeto compartilha histórias e brincadeiras entre alunos de EJA

Na capital, jovens e adultos da E.E. João Vieira de Almeida contam com uma disciplina que estimula arte e memórias de infância

Nunca é tarde para voltar a estudar e relembrar dos tempos de infância. Alunos da Escola Estadual João Vieira de Almeida, na capital paulista, de Educação de Jovens e Adultos (EJA) contam com um projeto de arte que compartilha diversas experiências e memórias.

“Histórias, brincadeiras e cantigas de infância” é uma iniciativa da instituição que visa aproximar os alunos de todas as idades por meio da dança, música, poesia e, sobretudo, criatividade. A ideia surgiu através da professora de Arte, Daniela del Sole.

“Era o meu primeiro ano na Escola e eu precisava pensar em uma maneira leve de criar um vínculo com os meus alunos. Como eu não os conhecia, pensei que seria interessante unir jovens e adultos a partir das nossas memórias”, explica.

O objetivo do projeto, dessa forma, é mostrar que arte possui várias vertentes e não apenas aquilo que normalmente é aprendido dentro de sala de aula, como pinturas e desenhos.

“Eu abri o meu olhar, porque vi que arte é música, é dança. Estou tentando passar isso para o meu filho, levando em museus, teatros e mostrando que ela também faz bem para a vida”, afirma Valéria da Guerra, aluna do 2º termo.

Quem também comenta sobre o projeto é a aula Clédja Santos. Para ela, no primeiro dia a maioria dos estudantes criticou a disciplina por ser muito diferente do que estavam acostumados. “Mas não demorou muito e todo mundo ficou envolvido com a situação. Todos riram e foi muito gostoso”, completa.

As aulas são marcadas por rodas de violão, poesia e dança. Ainda, os alunos são incentivados a desenvolverem trabalhos manuais, como desenho, pintura, recortes, dobragens, entre outros.  A finalidade é exercitar a memória afetiva de cada um.

“A integração deles foi muito boa, porque eles participaram, cooperaram e criaram diversas atividades principalmente na hora de cantar. É bastante divertido”, conta o professor coordenador, Douglas do Nascimento.

Além de mostrar a importância de conviver com a arte, a iniciativa é fundamental para avaliar habilidades diferentes. Segundo a professora Daniela, é uma forma de perceber como o aluno olha, age, pergunta e responde dentro de sala.

“O projeto trouxe dimensões muito variadas que fazem com que eles aproveitem e levem a vida de uma maneira mais sensível. A arte não é para pessoas especiais, iluminadas e que nasceram com um dom divino. A arte é para todos”, reitera Daniela.