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sábado, 05/09/2020
Sociedade

Projeto da USP alerta sobre os riscos de quedas em casa e como preveni-las

Série de vídeos apresenta dicas e cuidados voltados principalmente para idosos, que têm ficado mais em casa na pandemia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os idosos apresentam maior risco para complicações causadas pelo novo coronavírus. Isso faz com que o grupo fique mais tempo em isolamento dentro de casa, o que pode ocasionar situações de quedas. Para mostrar como prevenir esse tipo de situação, o Programa USP 60+ preparou uma série de vídeos chamados “Prevenção Antiquedas”.

A série conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo busca orientar sobre a importância de se não se arriscar demais durante as atividades domésticas e a identificar fatores de risco que podem levar a quedas, pois além de ferimentos graves, esses episódios podem gerar a incapacidade e dependência de cuidados de familiares ou profissionais, internações e até a morte.

“Como as pessoas estão passando mais tempo dentro de casa e, neste momento, estão tendo que assumir algumas atividades que não faziam antes, orientamos que evite se colocar em demasiado risco”, explica ao Jornal da USP Monica Perracini, fisioterapeuta, especialista em envelhecimento e professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), que dá as orientações na série.

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Os vídeos indicam fatores que aumentam o risco de cair quando se está em casa, como por exemplo, desnível e irregularidade dos pisos, iluminação inadequada, tapete solto, móveis e objetos espalhados. Se expor demais ao realizar atividades do lar, como subir em bancos e cadeiras para limpeza de janelas.

De acordo com a fisioterapeuta Monica Perracini, ao conversar com idosos sobre prevenção, o tom deve ser de conselho e não de punitivismo. “Eles entendem muito quando conversamos sobre a prevenção para manutenção relacionada a independência, autonomia e qualidade de vida. A conversa deve ser: ‘para você permanecer ativo, evite situações que existe um risco maior e que podem causar uma consequência maior’”, pontua.

A ideia da produção foi uma junção de projetos pensados por ela e seu grupo de pesquisa, com um convite do médico Egídio Dórea, coordenador do programa USP 60+. “Criamos o grupo de pesquisa Remobilize, e uma das propostas era pensar nesses vídeos de prevenção. E calhou com o convite do Egídio de dar uma aula para os idosos da USP”, acrescenta a fisioterapeuta.

Os interessados podem conferir os vídeos e as orientações do projeto pela internet em reportagem do Jornal da USP.