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terça-feira, 18/12/2018
Destaque

Projeto da USP leva experimentos científicos para alunos da rede

'Biocientista Mirim' é promovido por universitários e professores do Instituto de Ciências Biomédicas

A ciência pode parecer bastante complexa e praticada exclusivamente por cientistas. No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, no entanto, um projeto tem como objetivo aproximar experimentos científicos de crianças e adolescentes a fim de quebrar muitos estereótipos construídos em cima da profissão.

Desde o ano passado, o Biocientista Mirim reúne universitários e professores do ICB para realizar atividades experimentais em escolas da capital paulista. Com aulas teóricas e práticas, os alunos conhecem de perto o trabalho desenvolvido pela biociência.

“As atividades são alinhadas com os assuntos escolares. A ideia é estimular o pensamento crítico e científico desses jovens”, explica Ana Márcia de Sá Guimarães, coordenadora do projeto e professora do Departamento de Microbiologia do ICB.

Segundo ela, os universitários passam por uma preparação pedagógica antes de aplicar as ações dentro das unidades escolares. Os assuntos abordados variam de acordo com o ano e série e incluem produção de vacinas, conservação de alimentos, tipos de células, resistência bacteriana, entre outros.

O projeto também contempla os professores das escolas, que recebem cursos de capacitação para aplicar metodologias mais ativas com os estudantes. “Quando você consegue capacitar os professores, um número maior de alunos é atingido”, completa.

Oficinas

Na zona Oeste de São Paulo, por exemplo, a E.E. Prof. Emygdio de Barros recebeu no início de novembro um grupo do Instituto. As atividades foram realizadas dentro do laboratório da unidade e envolveram todos os alunos do Ensino Fundamental (Anos Finais) e Médio.

“Eles são muito receptivos com atividades fora de sala e se envolveram bastantes com os experimentos. Isso enriquece demais as nossas aulas”, conta Cristiane Moura, professora Ciências da unidade.

Através de práticas alternativas e lúdicas, a iniciativa contribui com o aperfeiçoamento do Currículo Escolar e esclarece diferentes áreas de atuação do profissional.

“É muito interessante poder ter contato com outras pessoas e outras atividades”, enfatiza a coordenadora dos Anos Finais da unidade, Patrícia de Oliveira Pontes.

Marimar Penteado, também professora de Ciências, comenta que receber uma equipe da USP é essencial para o engajamento dos jovens com uma universidade. “Embora os nossos alunos morem ao lado da Universidade, eles conhecem apenas o Hospital Universitário e a Faculdade de Odontologia (que oferecem serviços gratuitos para o público da região)”, comenta.

O projeto, portanto, também é fundamental na formação desses universitários. Com ele, o Instituto  consegue romper com o estigma de quem é o cientista e formar profissionais com maior sensibilidade social. “Todos podem ser cientistas”, finaliza Ana Márcia.