Cerca de 30 alunos da EE Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina, cidade localizada na região de São Carlos, estão aprendendo na prática a cultivar a conscientização que cada cidadão deve ter com o meio ambiente. Oficinas teóricas e práticas são oferecidas nos sábados a todos os freqüentadores do programa Escola da Família e os alunos, de 8 a 12 anos de idade, são a maioria. A responsável pelo projeto é a aluna do curso de ciências biológicas da Universidade Federal de São Carlos, Valéria Ghislote Iared. A atividade faz parte do projeto de iniciação científica da futura bióloga que começou em maio deste ano.
O objetivo do projeto é conscientizar cada aluno sobre a importância de preservar e cuidar do meio ambiente para evitar a degradação desenfreada que vem ocorrendo nos últimos anos. “Apesar de tratar-se de um problema global, a educação ambiental deve atuar de maneira local, levando em conta as dimensões sócio-econômicas da comunidade alvo”, comentou Valéria.
Inicialmente é feita uma análise do grupo de alunos participantes e posteriormente aplicam-se conceitos ambientais para alcançar um ecossistema estável e diversificado. As oficinas são dividas em quatro partes: montagem de fotos, teia alimentar, poluição e ciclo da água. Na oficina de fotos é trabalhado o tema ‘água’ e para isso, são montados cartazes feitos com recortes de revistas. O objetivo é induzir a reflexão e questionamento sobre o assunto. A teia alimentar (oficina 2) mostra a diferença entre herbívoro, carnívoro, decompositor, sol e elementos importantes da cadeia alimentar.
Na terceira oficina são trabalhados os temas relacionados à poluição. A apresentação de locais degradados e poluídos (poluição sonora, ambiental e visual) e a abertura de discussões entre os participantes fazem parte desta aula. Os alunos desenham os aspectos que mais impressionam e no final da dinâmica, apresentam as possíveis soluções para desfazerem os danos ocorridos.
O ciclo da água é a última etapa do projeto, é nele que o monitor pede para os grupos representarem uma determinada situação. Um aluno fala sobre o que ocorre num dia de sol, enquanto o outro comenta sobre o caminho da água em um dia de chuva. Dessa forma, todo o processo é entendido: evaporação, transpiração dos seres vivos, formação das nuvens e a precipitação da água, fechando-se o ciclo. O problema atual da água é amplamente debatido, principalmente quando é citada a interferência do homem em fases do ciclo.
“Estou ciente que não poderei ver os resultados deste trabalho durante as aulas, porque todos os conceitos são assimilados com o passar do tempo. Posso afirmar que o objetivo principal, que é tornar os alunos verdadeiros multiplicadores do cuidado com o meio ambiente, está se concretizando e isso já é a primeira etapa do processo a ser vencida. Tornar os alunos multiplicadores dos conceitos aprendidos, é ter uma cidade mais limpa, aprender a economizar água e energia, e não machucar plantas e animais”, frisou Valéria.
Paola Martins