Esporte que uniu a África do Sul na luta contra o regime de segregação racial do Apartheid, que vigorou no País entre 1948 e 1994, o rugby é usado como instrumento de aprendizado para os alunos e alunas do Ensino Médio da E.E. Alexandre Von Humboldt, localizada na região oeste de São Paulo. Desde 2013, os estudantes que possuem bom desempenho escolar participam das aulas da modalidade esportiva praticada nos países do Reino Unido.
As aulas acontecem durante as terças e quintas-feiras e são fruto da parceria da unidade escolar com o Rio Branco Rugby Clube, que visa a excelência dentro das salas de aula. As atividades são coordenadas pelo professor Julio Katz. “Após o aquecimento dos alunos, fazemos pequenos treinos de passes e jogadas de dois contra um, além de treinar jogadas de contato. No final do dia, realizamos uma partida de rugby”, explica o professor.
Aos sábados, o clube oferece palestras gratuitas aos alunos e comunidade sobre prevenção ao uso de drogas e violência. “A parceria foca as habilidades de concentração, respeito, convívio social, e também visa uma excelência enquanto formação pessoal e profissional dentro do esporte”, afirma Maria de Fátima Braz Aragão Rizzo, diretora da unidade.
Respeito, disciplina e união entre os alunos
Entre os alunos, o jogo é visto por diferentes perspectivas. Para uns, é sinônimo de amizade. Para outros, serve como melhora na qualidade de vida. “São os valores como respeito, disciplina e união que tem o time. Eu não vejo nenhum outro esporte assim, com toda essa união entre os jogadores”, afirma o aluno Caio Alexandre Dias Padilha.
“O rugby me ensina a ter mais humildade com os amigos, aprender a ter mais comprometimento, colaboração em equipe, e outras coisas. Também me auxilia muito em questões que envolvem a minha saúde”, revela Igor José Chavez de Ornelas, outro praticante do esporte.
E para quem pensa que o jogo é praticado somente pelo público masculino, as alunas da unidade escolar dão um show. “No começo eu achava que o esporte era agressivo, e que iria me machucar. Mas minhas amigas, que já praticavam, me chamaram dizendo que eu tinha jeito para ser corredora. Um dia eu fui ao treino e, dali em diante, me apaixonei pelo esporte”, afirma Camila Araújo, capitã do time feminino.