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sexta-feira, 23/03/2007
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Projeto ecológico de Escola Estadual da Capital integra festa de 80 anos do Instituto Biológico de São Paulo

Evento foi mais uma oportunidade para mostrar envolvimento dos alunos com o Plantando na Escola Um grupo da Escola Estadual Profª Inah Jacy de Castro Aguiar, zona leste da Capital, […]

Evento foi mais uma oportunidade para mostrar envolvimento dos alunos com o Plantando na Escola

Um grupo da Escola Estadual Profª Inah Jacy de Castro Aguiar, zona leste da Capital, formado por 21 alunos de séries variadas – incluindo desde estudantes da sétima série do ensino fundamental até integrantes do terceiro ano do ensino médio e da comunidade – participou no último domingo, dia 18, do “Instituto Biológico de Portas Abertas a Comunidade”, evento deu início à festa de 80 anos da entidade. O convite para integrar a comemoração partiu da pesquisadora Nayte Vitiello, ligada ao núcleo do Museu, por conta do Projeto Plantando na Escola, coordenado pelo professor Gilmar Viana dos Santos.

Plantando mudas e idéias

Além de realizar o plantio de mudas de pau-brasil, os estudantes aproveitaram a participação no aniversário do Instituto para divulgar o projeto. “Tendo em vista nossa postura de reconhecer o verde como fator de saúde e cidadania, e que ações modificadoras estrapolam o ambiente escolar, acredito que a divulgação do Projeto Plantando na Escola no Instituto Biológico dá aos alunos o conhecimento de setores científicos brasileiros relacionados a abastecimento, tecnologia e agronegócios”, explica o professor responsável pelo projeto, Gilmar Viana dos Santos.

Sobre o Projeto

O Plantando na Escola nasceu da observação feita pelos alunos sobre a realidade vivida na comunidade. Problemas como degradação ambiental, descuido com o solo, a depredação das poucas espécies vegetais, e o descaso quanto a importância do verde como fator de saúde e cidadania passaram a mobilizar as atenções dos estudantes da Escola Estadual Profª Inah Jacy de Castro Aguiar desde 1998. Foi a partir desta data que as questões ambientais passaram a ser tratadas de outra forma dentro da unidade escolar.

Com a mão na massa… e na terra

Entre as principais ações desenvolvidas destacam-se o plantio de arbustos e herbáceas no espaço disponível da escola, envolvendo alunos de diversas séries; restauro da cobertura vegetal em trechos degradados do terreno por meio do plantio de grama; conscientização da comunidade sobre a importância do equilíbrio ambiental e em que ele influi na qualidade de vida; incentivo da preservação do prédio escolar, e divulgação do Plantando na Escola no site mundial da Intel, dentro do Projeto Odisséia Inovadora. E mais. Propiciar aos alunos diferentes vegetais para observações, estudos e experimentos, e possibilitar a cada um a chance de deixar um legado às próximas gerações que chegarem à escola. Daí o nome Plantando na Escola.

Participação em eventos ligados ao meio ambiente

Em 2001 os alunos participaram da 53ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência V ( SBPC ) em Salvador. Em março de 2003 eles fizeram parte da 1ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia na USP, alcançando o 2º lugar na categoria Saúde. Em 2005, além do envolvimento das diversas séries que atuaram na reposição dos vegetais danificados e no plantio de novas espécies, os estudantes também passaram a refletir sobre a água e sua importância, não só para os vegetais mas para cada indivíduo, o que os levou a participar da Semana Nacional de Ciências e Tecnologia com a exposição Olhando para a Água, além de uma caminhada com integrantes do Plantando na Escola e da exposição Olhando para a Água em outubro do mesmo ano.

Objetivos

Além da manutenção das espécies, a principal meta do Plantando na Escola é a construção de um biodigestor com aproveitamento da matéria orgânica gerada pela unidade escolar, principalmente no que diz respeito aos restos de alimentos. Atualmente, além das ações dos professores que se envolvem cooperando no trabalho, os alunos desenvolvem ações individuais e coletivas. São as chamadas ações interdependentes, ou seja, ações independentes sob orientação de professores. Tanto envolvimento é visto com entusiasmo pelo professor responsável pelo Plantando na Escola. “Não podemos deixar que questões ambientais se tornem apenas um modismo, mas sim um posicionamento com atitudes efetivas e duradouras, possibilitando assim um legado às próximas gerações”, conclui Gilmar.

Celso Bandarra