Ampliar e aprimorar o aprendizado de meninas e meninos da Fundação CASA é fundamental para tornar o processo de ressocialização mais efetivo. Por isso, projetos que instigam e despertam interesse do jovem proporciona maior engajamento com o ensino e, sobretudo, mostra caminhos alternativos à criminalidade.
Com intuito de promover a integração na sociedade, meninas da Fundação CASA Anita Garibaldi, no município de Cerqueira César, participam desde o ano passado do “Projeto Jornal”. A ideia é fazer com que as internas desenvolvam um material impresso contendo informações sobre diferentes áreas do conhecimento.
O trabalho é feito de maneira interdisciplinar e permite que as jovens conheçam de perto a importância dos diversos gêneros textuais, gramática, linguagem matemática e linguagem verbal e não verbal.
“A proposta foi integrar todas as disciplinas e englobar várias habilidades, como leitura, escritura, elaboração do contexto, parte histórica e política da cidade”, explica Heloísa Faria Morini Lourenço, PCNP dos Anos Inicias da Diretoria de Ensino de Avaré.
Nesta edição, o principal tema bordado foi “Políticas Públicas e Eleições”, essencial para desenvolver o aprendizado em grupo sobre cidadania, direitos humanos e algumas leis regimentais. Para isso, as jovens do Ensino Médio foram até Câmara Municipal e entrevistaram alguns vereadores.
“A Fundação CASA abraçou muito nosso projeto e disponibilizaram toda a estrutura para levar as meninas à Câmara”, conta Jeanne Rosseto Rossetti, coordenadora da E.E. Prof. José Leite Pinheiro, escola vinculadora da Fundação CASA Anita Garibaldi.
Para escreverem a reportagem, as jovens utilizaram o município de Cerqueira César como base e compararam com as cidades de origem, como São Jose do Rio Preto, Campinas, São Paulo, Batatais. Todo material de pesquisa é levado pelos próprios professores da unidade.
“O projeto é super bem aceito, pois envolve assuntos do cotidiano delas. Elas sentem a necessidade de falar sobre a cidade em que vivem, quais políticas tem lá, e refletirem sobre esse assunto”, comenta Gisele Lopes Rogo, coordenadora pedagógica do CASA.
A impressão do jornal está prevista para setembro e as alunas serão avaliadas desde o início do projeto (em março deste ano) até a finalização, contando o empenho, resolução dos temas abordados e o trabalho em equipe.
“Buscamos trabalhar o currículo escolar, porque quando elas saírem da Fundação elas virão direto para rede. Por isso, queremos fazer os mesmos trabalhos que já são desenvolvidos nas demais escolas da região”, completa a dirigente regional de ensino de Avaré, Lucimeire Gomes Mendonça Molina.