O estudo Políticas Públicas para Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens, elaborado pelo Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper) e divulgado na última semana, mostrou que, a cada ano, quase 3 milhões de jovens abandonam a escola no Brasil. Nestes momentos em que a rua parece mais convidativa do que a sala de aula, os professores da E.E. Ítalo Betarello, na capital, apostam em projetos práticos para atrair a atenção dos jovens.
O diretor da unidade, Ariovaldo Guintter explica que a ideia inicial de implantar os projetos surgiu com a necessidade de combater o abandono, sobretudo, às sextas-feiras no período noturno. E, desde 2012, portanto, faz parte do planejamento anual da escola. “Os professores desenvolvem, cada um na sua disciplina, algum projeto diferenciado. Então, aqui no noturno, por exemplo, a gente tem projeto coral, de dança, de jornal, a gente tem de pintura. Essas pinturas que você vê no ambiente foram desenvolvidas em parceria entre os alunos e a professora de artes”.
Para a professora de Língua Portuguesa, Lucinir Alves de Oliveira, a escola tem como base teórica o Currículo Oficial do Estado, mas a aposta em projetos práticos para tornar as atividades mais dinâmicas aproximou os alunos da escola. “Com isso, os alunos conseguem um significado maior daquilo que eles estão vendo em sala de aula“, disse.
Outros projetos
Além das práticas pontuais das escolas, há outros projetos da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo que abordam o tema do engajamento escolar e combate à evasão e ao abandono, que receberam destaque na pesquisa. O Programa Escola da Família, que oferece atividades gratuitas para toda a comunidade aos finais de semana, e o Programa de Proteção Escolar, conjunto de ações, métodos e ferramentas voltadas à prevenção de conflitos no ambiente escolar.