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segunda-feira, 28/11/2005
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Qualidade total no atendimento: começa o programa que vai melhorar a vida de pais, alunos, professores e gestores da rede estadual.

Videoconferência reuniu 500 profissionais na Caetano de Campos e foi transmitida via satélite e internet a toda rede de ensino Cordialidade, disposição, gentileza, envolvimento. Ingredientes fundamentais para qualquer profissional que […]

Videoconferência reuniu 500 profissionais na Caetano de Campos e foi transmitida via satélite e internet a toda rede de ensino

Cordialidade, disposição, gentileza, envolvimento. Ingredientes fundamentais para qualquer profissional que trabalhe em contato direto com o público. No caso das repartições públicas, e especificamente das escolas estaduais, isso se torna indispensável. A importância do assunto é tão grande que virou tema da videoconferência Excelência no Atendimento: A arte de conviver bem, no Teatro da Escola Estadual Caetano de Campos, na Aclimação, nesta segunda-feira, dia 28, na Capital.

O programa contará com apoio de cartilhas impressas e vídeos. O objetivo do projeto é treinar os servidores envolvidos nos vários segmentos da atividade educacional: da portaria à cantina; da cantina à secretaria; da secretaria à sala de aula, à sala de reuniões; do quadro de avisos à anotação do diário de classe e ao contato com alunos, pais e comunidade em geral. Em 2006, o tratamento da clientela da escola (interna e externa) atingirá o padrão artístico do bom convívio.

 

 

 

 

Na platéia do teatro da Caetano de Campos, 500 profissionais de educação acompanhavam atentos as explicações dos convidados. Via satélite e internet, (www.institutoembratel.org.br e www.rededosaber.sp.gov.br) milhares de pessoas da rede estadual (6 mil escolas) também acompanharam a apresentação do programa e os casos (dramatizados) que representam as situações mais críticas da rotina educacional. O evento contou com as parcerias da Embratel, Telefonica e da Prodesp.

Educação, em todos os casos

Durante o evento, o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, explicou que o bom atendimento pode ser alcançado a partir do momento em que os funcionários se colocam no lugar dos pais e alunos. “A gente precisa pensar o que nós gostaríamos que fizessem com a gente. Fazer com que todos se coloquem no lugar do outro, até para falar não, ganha uma objetividade maior”. Chalita foi além: “Nós somos servidores públicos. Estamos aqui para servir a população. Por isso, temos a obrigação de ser educados”, completou o secretário.

 

 

 

 

 

Objetivos

A idéia foi debater todos os conceitos que envolvem a qualidade no atendimento entre funcionário e pai de aluno, professor e aluno, diretor e professor e muito mais. Temas como ética no atendimento, auto-estima, o cuidado com o outro, atenção ao ouvir o outro, higiene, modo de falar, jeito de vestir, respeito às diferenças, regras de consciência das comunidades, a importância do olhar e muito mais.

Treinamento continua em 2006

A partir dos temas tratados na videoconferência serão realizadas as capacitações aos professores, também por videoconferência, a partir de 2006. Os manuais de atendimento especializado e os vídeos explicativos serão confeccionados e distribuídos a partir do início do ano que vem. Tudo para que o educador, o gestor, o aluno e a comunidade possam utilizar, diariamente, o ritual da boa convivência.

A rotina encenada no palco

O ponto alto do encontro foram as esquetes encenadas por funcionários da Secretaria de Estado da Educação. De forma rápida e bem humorada, com direito a cenário e tudo, eles mostraram como deve (e como não deve) ser a convivência entre funcionários, alunos e os pais que procuram a escola.

De acordo como o coordenador do projeto Excelência no Atendimento, Fabio Saba, o sucesso está em alguns itens fundamentais como gentileza, estado de atenção, conhecimento, e humildade para admitir os próprios erros. “Assim, o outro terá vontade de voltar, se sentirá bem atendido. E a falta de tempo não pode ser inimiga da gentileza.”

Respeito e ética

Para a professora titular da PUC, Branca Jurema Ponce, a boa postura profissional está diretamente ligada à ética. “É um dever humano respeitar quem está diante de nós, precisando de ajuda. Isso, muito mais do que a questão jurídica que define a obrigação de fazer.” Quem achou tudo isso muito difícil, deve seguir os conselhos da professora Maria Lúcia Libois, que integra o Programa Prevenção Também se Ensina, da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). De forma bastante descontraída, ela lembrou: conviver não é fácil, mas a gente consegue. “Para isso, as regras de convivência precisam ser combinadas com todos os segmentos envolvidos”.

Da teoria à prática, pelo menos em cena

Os atores das esquetes encenadas durante a videoconferência estão bem mais perto da realidade vivida por eles do que se imagina: afinal, são funcionários da Educação. Roberto Pires Carvalho filho, de 35 anos, por exemplo, atua no serviço público há 3 anos. Em cena, viveu dois momentos bem distintos. Primeiro, o funcionário que não tem tato com os alunos, e abusa da autoridade, e, depois, alguém capaz de usar o bom senso para resolver pequenos problemas. “Este é um trabalho de conscientização que serve de exemplo para nós mesmos”, disse ele.

 

 

 

 

 

A assistente técnica de ensino Fúlvia Mazzola, de 40 anos, e 16 de funcionalismo público, retratou em cena como é ser tratada com descaso. Depois mostrou o tratamento adequado, com atenção e cordialidade por funcionários da escola. Mazzola se sentiu orgulhosa por poder fazer parte desse trabalho. “É importante passar a todos o sentido de um bom atendimento. Ganhamos mais experiência, até mesmo com encenações como essas”, explicou.

Celso Bandarra