Aconteceu na última segunda-feira (5), o evento de premiação do concurso Vozes pela Igualdade de Gênero. Instituído pela Educação em parceria com o Ministério Público de São Paulo, o concurso teve como vencedor o aluno Nathan Pereira da Silva, da E.E. Deputado Silva Prado.
Para compor o rap Primeiro Passo, o jovem teve ajuda da técnica e professora de Língua Portuguesa, Cristiane Macário de Lima. Na letra, a cultura do machismo e o patriarcado são apontados como hábitos que persistem na sociedade e reforçam o preconceito contra as mulheres. A música será gravada em estúdio pelo produtor Rick Bonadio, jurado do programa XFactor. “Esse prêmio é a valorização do nosso trabalho”, destacou o aluno sobre a premiação.
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O segundo lugar do concurso ficou com o grupo Voar, composto pelos alunos Luan Braz, Thailany Santiago Santos, Samuel da Silva Leite, Arthur Santiago Santos e Vinicius Cosseti, todos da E.E. Dona Cyrene de Oliveira Laet. “A música fala sobre a Lei Maria da Penha, mas com foco nas mulheres que têm medo de denunciarem algum tipo de agressão e que acabam ficando presas nessa rotina”, contou Thailany.
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“Eu já escrevo há algum, tento sempre passar a visão do cotidiano e o tema fala um pouco sobre isso. Por isso resolvi me inscrever no concurso”, afirmou Luiz Augusto Gomes de Lima, estudante da E.E. Professor Joaquim Luiz de Brito e terceiro colocado no concurso.
Conhecido pelos colegas como Luiz Poeta, o jovem se inspirou na história de vida de uma amiga e da própria mãe para compor a canção Me Diga. “Espero que as pessoas se conscientizem sobre a importância desse tema”, concluiu o jovem.
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Além de membros do Ministério Público, esteve presente no evento o secretário-adjunto, Francisco José Carbonari.
Garantir e ampliar o debate sobre o papel da mulher na sociedade
Lançado em outubro e aberto a alunos do Ensino Médio (regular e EJA) da capital paulista, o concurso tem como objetivo garantir e ampliar o debate sobre o papel da mulher na sociedade. Além da competição musical, os estudantes e Grêmios Estudantis puderam participar de encontros com promotoras do Ministério Público. Temas como como violência, Lei Maria da Penha, igualdade de gênero e diferenças salariais estavam no debate.
Os professores também foram convidados para cursos de formação a distância com representantes da equipe de Diversidade Sexual e de Gênero da Secretaria da Educação e promotores de Justiça do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) e do Núcleo de Gênero do MPSP. A ideia é aprimorar as atividades já propostas no currículo da rede estadual.