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segunda-feira, 09/08/2004
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Raul Drewnick exalta a “poesia nos tempos de indigência”

A Academia Brasileira de Letras (ABL), principal entidade que reúne escritores no Brasil, resolveu mostrar que a profissão de professor tem muito a ver com o mundo encantado da literatura. […]

A Academia Brasileira de Letras (ABL), principal entidade que reúne escritores no Brasil, resolveu mostrar que a profissão de professor tem muito a ver com o mundo encantado da literatura. Afinal, destas duas fontes sagradas de informação, a educação brota pura, reluzente e infinita.

Numa mostra da importância desta interação, a ABL elaborou o Concurso de Redação, cujo tema é “Por que a Poesia nos Tempos de Indigência?”. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo encampou o projeto e vários professores se inscreveram, dentro do prazo de 30 de julho último. A expectativa agora é ver o que pensam ou sonham a respeito do assunto.

Muitas vezes, estes tempos de indigência têm se mostrado obstáculo para o ensino mundial, por incitar o desânimo e o desalento dos mestres, que por vezes quase sucumbem nesta luta renhida que é a vida de professor. Segundo o escritor Raul Drewnick (foto), é justamente nesta cilada que os professores não devem cair. A Arte, para ele, é muito mais que um consolo. Está acima de tudo.

“A poesia e a literatura em geral valem por si mesmas. A Arte é o único fator que pode justificar nossa vida, o ser humano, mesmo nas situações mais difíceis”, observou Raul, autor de dezenas de livros, muitos deles para o público infantil, como “Um Inimigo em Cada Esquina” e “Vencer ou Vencer”.

Segundo ele, a concepção de arte não pode estar vinculada às correntes políticas, mas sim à verdadeira emoção do autor. “A Arte é individual. Tentar engajá-la e induzir o leitor não a engrandece. Muitas vezes, quem lê uma grande obra pode ter uma identificação que nem passou pela cabeça do autor”, ressaltou.

Eugenio Goussinsky