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segunda-feira, 04/12/2006
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Rede estadual de ensino de São Paulo é exemplo de integração educacional

Secretaria da Educação possui programa de adaptação que atende alunos portadores de necessidades especiais Três de dezembro é conhecido como Dia Internacional do Portador de Deficiência. Em São Paulo, maior […]

Secretaria da Educação possui programa de adaptação que atende alunos portadores de necessidades especiais

Três de dezembro é conhecido como Dia Internacional do Portador de Deficiência. Em São Paulo, maior cidade do País, a preocupação em promover a inclusão e aceitar as diferenças já faz parte do trabalho desenvolvido pela rede estadual. Responsável por um projeto amplo de inclusão educacional, a rede estadual paulista é pioneira na oferta de atendimento especializado a alunos com necessidades especiais.

Como funciona

Além de receber o aluno com necessidades especiais, as escolas também atuam no sentido de viabilizar o apoio necessário que alguns deles necessitam. Um exemplo é a sala de recursos: o aluno – mesmo matriculado em uma classe comum – utiliza o espaço em outro período de acordo com a dificuldade, seja ela auditiva, física, mental ou visual.

Segundo a vice-diretora da Escola Estadual Antonio Lisboa, zona norte da Capital, Clélia Batista, o ensino regular é fundamental para o desenvolvimento dos alunos. “Todos são muito carinhosos. Aqui na escola a inclusão funciona, até os pais dos alunos tem um bom envolvimento. Afinal, são todos iguais”, conclui Clélia.

Exemplos de integração

A Escola Estadual Buenos Aires, também na zona norte de São Paulo, foi uma das primeiras unidades a atender portadores de necessidades especiais. Com uma parceria da Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD) e um prédio todo adaptado, atende também alunos com deficiência física e visual.

A coordenadora pedagógica da escola, Ana Lúcia Rocha, explica que a convivência de todos os alunos, estabelecendo uma forma espontânea e natural de inclusão, é mais do que saudável. “É gratificante verificar o alto grau de solidariedade entre os alunos, manifestado nos gestos e atitudes de carinho, acolhimento, amizade e colaboração”, afirma a coordenadora.

Sobre o SAPEs

Além do atendimento oferecido no ensino regular, existem os Serviços de Apoio Pedagógico Especializado (SAPEs) – regidos por professores especializados – com o objetivo de complementar o processo de escolarização destes alunos no ensino regular. Do total de escolas da Rede Estadual de Educação, 692 possuem serviços de apoio pedagógico especializado (SAPE) na forma de sala de recursos ou classe especial. São 744 salas de recurso, 557 classes especiais e 29 classes hospitalares nas diversas Diretorias de Ensino do Estado, totalizando 1.330 Serviços de Apoio Pedagógico Especializado (SAPEs).

Dia a dia

Além do suporte pedagógico oferecido pelos SAPEs e as capacitações realizadas com os profissionais da rede estadual de ensino, destacam-se ainda os procedimentos que têm como objetivo a atender necessidades educacionais, entre elas, formas variadas de comunicação (incluindo a língua de sinais), fitas legendadas, e dicionários de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para os alunos com deficiência auditiva, sem contar os Livros em Braille (e em tipos ampliados) e fitas de áudio para alunos com deficiência visual. Também são colocados à disposição dos alunos softwares variados, mouse adaptado, métodos de comunicação alternativa como Bliss, carteiras e cadeiras adaptadas para alunos com deficiência física.

No caso da Escola Estadual Buenos Aires a adaptação foi decisiva para acolher os alunos com necessidades especiais. “Este trabalho é digno, humano, e com certeza nossos alunos estão sendo preparados para conviver melhor com todas as pessoas que vierem a encontrar”, completa a coordenadora pedagógica da escola.