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sexta-feira, 22/09/2006
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Resgatar auto-estima e garantir a segurança dos alunos da rede estadual estão entre as metas da Secretaria da Educação

Ações serão colocadas em prática por meio de seis convênios assinados com Tribunal de Justiça, empresas privadas e fundações que apóiam a educação “Famílias não estruturadas atrapalham a educação, e […]

Ações serão colocadas em prática por meio de seis convênios assinados com Tribunal de Justiça, empresas privadas e fundações que apóiam a educação

“Famílias não estruturadas atrapalham a educação, e a figura paterna é fundamental na vida de qualquer ser humano; tem um papel fundamental na educação e na formação do indivíduo.” Assim a secretária de Estado da Educação, Maria Lucia Vasconcelos, justificou a importância do projeto de reconhecimento de paternidade que será desenvolvido em parceira pela Secretaria de Estado da Educação, Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ) e ARPEN – Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de São Paulo, entidade que representa 802 cartórios de registro civil dos 645 municípios do Estado.

A cerimônia para a assinatura do convênio foi realizada na última quinta-feira, dia 21, no Palácio dos Bandeirantes, e reuniu ainda o governador Cláudio Lembo, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Celso Luiz Limongi, empresários e representantes de fundações que também firmaram parcerias com o Governo do Estado. Ao todo, seis diferentes convênios foram assinados. Eles incluem ainda uma rede de proteção para ensinar professores a lidar com crianças vítimas de violência, implantação de projetos educativos e doação de livros e revistas para uso educacional.

Convênios com o Tribunal de Justiça de São Paulo

Paternidade

Dados da Secretaria de Estado da Educação revelam que em um universo de cinco milhões e cem mil de alunos da rede estadual, quase 7 % não têm paternidade reconhecida. Nas escolas estaduais da Capital a porcentagem é a mesma: quase 7% de um total de 1,3 milhão de alunos não têm o nome do pai na certidão de nascimento. A chance de reverter à situação pode se tornar possível a partir do convênio entre a Secretaria da Educação e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Para o governador, a iniciativa demonstra que a responsabilidade deve ser um exercício diário. “Muitas pessoas não têm coragem ou não sabem como exercer uma paternidade responsável. É preciso mudar de atitude para que não se tenha milhões de crianças nestas condições, sem saber quem é pai”, explicou.

Projeto piloto

O projeto será desenvolvido inicialmente nas Escolas Estaduais Thales Castanho e Aparecida Rahal, ambas da Diretoria de Ensino da Região Leste 1, e irá atender duzentas pessoas nesta fase de teste. Coube à Associação que representa os cartórios escolher as unidades que irão sediar o projeto piloto. A previsão inicial do Tribunal de Justiça é realizar o processo de notificação das mães, entrevista e reconhecimento de paternidade dentro de dois meses. “A ação vai ajudar muitas crianças, e conforme os resultados do projeto piloto vamos ampliá-lo para todo o Estado”, informou Maria Lucia.

A mãe será notificada para comparecer às entrevistas com oficiais de registro civil. Caso ela indique o suposto pai, ele será notificado para comparecer na escola com data marcada. Se comparecer e aceitar o termo de reconhecimento de paternidade, a certidão regularizada será feita no ato. A iniciativa conta com a participação da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (ARPEN).

Caso não haja o reconhecimento espontâneo ou na hipótese do suposto pai não comparecer, será feito o pedido de investigação de paternidade e exame de DNA por meio da Procuradoria de Assistência Judiciária, uma vez que muitos pais só assumem a paternidade mediante o laudo que a comprove.

Sobre o custo da iniciativa, a secretária da Educação explicou. “Esta iniciativa não é apenas uma questão financeira, mas sim uma forma de garantir que os direitos das crianças sejam cumpridos e exercidos”, disse.

Proteção de crianças e adolescentes
Outro tema que irá receber atenção especial é a questão da violência, assunto presente em 70 % das consultas de professores à Secretaria. A maior dúvida, nestes casos, é como lidar com a situação em sala de aula. É aí que entra o outro acordo de cooperação técnica com o Tribunal de Justiça. Ele tornará possível o desenvolvimento do projeto Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente nas escolas públicas da rede estadual.

A principal meta é capacitar profissionais de educação para que possam atender e orientar alunos, pais e a comunidade sobre violência familiar, abuso e exploração sexual. A idéia surgiu por conta da necessidade de uma ação conjunta da Secretaria de Estado da Educação com o Tribunal de Justiça para ampliar a capacidade da escola na busca de soluções e no enfrentamento de questões de violência, presentes no cotidiano dos estudantes. “É um convênio extremamente importante, e que vai refletir na qualidade de vida de muitas crianças, podendo transformá-las em cidadãos plenos no futuro”, constatou a secretária.

Empresa Educadora

Já o acordo entre a Secretaria de Estado da Educação e a AMD Participações Ltda viabiliza a implantação do projeto Empresa Educador em sete escolas da Diretoria de Ensino Centro Sul, usando como tema o Sistema de Gestão Integrado.

Entre os compromissos da empresa estão: promover gratuitamente um curso de Sistema de Gestão Integrado para as escolas parceiras destinado ao diretor e ao coordenador pedagógico, além de reservar quatro vagas para especialistas da Secretaria; garantir aos participantes do curso dez encontros de 16 horas cada um, somando um total de 160 horas; e ainda; acompanhar e avaliar, em conjunto com a Secretaria, a implantação do Sistema de Gestão Integrado nas escolas parceiras.

Em contrapartida, caberá à Secretaria proporcionar esclarecimentos aos gestores que participam da parceria com base na ação proposta pela empresa-parceira; e selecionar, na seqüência, sete escolas que manifestaram tempo e interesse de participar do projeto.

Programas educativos

No caso do acordo de cooperação técnica entre a Secretaria e a Associação Junior Achievement, a meta é unir esforços para implementar, desenvolver e executar programas educativos de propriedade exclusiva da Junior Achievement. A execução e o cumprimento do acordo serão acompanhados de perto pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp).

Livros e revistas

Outras duas parcerias prometem reforçar os estoques das Salas de Leitura da rede estadual de ensino: No caso da Fundação Educar Dpaschoal , o termo assinado com a Secretaria de Estado da Educação prevê a doação de 38.720 livros didáticos e paradidáticos às escolas estaduais do Estado de São Paulo. E não é só. No caso da Editora Abril, aproximadamente 100 mil revistas Recreio serão doadas mensalmente, durante um ano, à rede estadual de ensino.

Reconhecimento

Durante a cerimônia o governador também fez a entrega do selo “Empresa Amiga de São Paulo”, concedido às empresas que contribuem com projetos de apoio às escolas na área social. São elas: Porto Seguro Cia de Seguros Gerais, Grupo Sertrading, Banco Ouroinvest S/A, Ana Helena Vicentini, Empresa M13 Internacional, AMD Participações Ltda, Cia. de Saneamento de Jundiaí, Empresa CPM S/A, MTEL –Tecnologia, Mangels Indústria e Comércio Ltda, Basf S/A, Tegma – Gestão Logística e Grupo YPY Participações S/A.