Convênio foi assinado durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra e contou com a presença do governador Geraldo Alckmin, educadores e representantes de entidades ligadas ao tema
Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, a Secretaria de Estado da Educação e Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo assinaram, na manhã desta sexta-feira, 19 de novembro, convênio de parceria para a ampliação da segunda etapa do Programa São Paulo: Educando pela Diferença para a Igualdade.
A cerimônia, realizada no Teatro Fernando Azevedo, sede Secretaria Estadual da Educação, em São Paulo, contou com a presença do governador Geraldo Alckmin, do secretário da Educação, Gabriel Chalita, da presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Elisa Lucas Rodrigues, além de educadores e representantes de entidades ligadas a movimentos afro-brasileiros.
Iniciado há dois anos, Programa São Paulo: Educando pela Diferença para a Igualdade visa capacitar e sensibilizar os professores em relação à temática racial e buscar a compreensão e reflexão dos processos discriminatórios ocorridos nas escolas e na sociedade.
Através das capacitações, os profissionais de ensino desenvolvem atividades educativas e pedagógicas que ajudam a enfrentar a questão da discriminação. O projeto já capacitou mais de 3.300 professores e, nesta segunda etapa, será estendido a todos os educadores das 89 Diretorias de Ensino do Estado.
Para a presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo, Elisa Lucas Rodrigues, a efetivação dessa parceria e a ampliação do programa ajudarão a reescrever a história da vida da comunidade negra, além de ser um grande passo no que diz respeito à questão racial. “Vale lembrar que a tarefa só será possível se houver cumplicidade entre professores, alunos, pais e toda a sociedade”, concluiu a representante da entidade.
Além desse projeto, a Secretaria da Educação desenvolve também um programa de alfabetização para os quilombolas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. “São Paulo universalizou o ensino fundamental e, hoje, brancos, negros, japoneses, índios, enfim, todos estão na escola e não há discriminação. Por isso, temos investido tanto na capacitação de professores. Esse trabalho é importante para que a educação não seja deformada e para que os educadores aprendam a ensinar para a diversidade”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita.
O Dia da Consciência Negra foi instituído pela Lei Estadual n.º 7.968 de 1992. Durante toda a semana de comemorações, as escolas da rede pública estadual realizarão atividades voltadas para o tema. O tema tem sido levado também às salas de aula dos Ensinos Fundamental e Médio, dentro das disciplinas de História, Língua Portuguesa e Artes.
Renata D’Angelo