Nesta terça-feira (12), o secretário de Educação de São Paulo Rossieli Soares e a equipe do Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno (DAAA) receberam representantes do Conselho Regional de Nutrição 3ª Região SP-MS para discutir o Programa de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo.
O secretário Rossieli Soares destacou que o programa atende a mais de 3,5 milhões de alunos com o objetivo de garantir necessidades nutricionais e promover hábitos alimentares saudáveis entre os estudantes da rede estadual de São Paulo. “Tornar a alimentação mais diversa e com produtos naturais é um dos motes do Governo de São Paulo para a alimentação escolar, inclusive com a aquisição de itens oriundos da Agricultura Familiar”, destacou.
O programa de Agricultura Familiar estava suspenso desde 2015. Os contratos com cooperativas do segmento foram assinados em janeiro deste ano, na atual gestão. “Queremos trazer mais frutas, mais verduras e uma alimentação mais completa e variada para nossos jovens”, disse Rossieli.
Um dos braços do Programa de Alimentação Escolar do Estado de São Paulo é o programa Cozinheiros da Educação. Até o mês de abril, a Seduc-SP realizará pela primeira vez uma chamada pública para o projeto, ampliando a participação de novos chefs que mostrarem interesse em participar de ações que envolvem o preparo do cardápio, treinamento de merendeiras e sugestões sobre infraestrutura e armazenagem.
Segundo a gerente técnica da Fiscalização do CRN, Lúcia Helena Bertonha, o trabalho de nutricionistas no gerenciamento e acompanhamento direto do programa são fundamentais. “O nutricionista é um profissional capacitado e habilitado para isso. Suas escolhas são pensadas com o objetivo de preencher requisitos nutricionais e complementar o trabalho dos chefs”, explica.
Os profissionais presentes explicaram que alguns dos alimentos são abundantes no cardápio por conta de seu alto valor nutricional. “A farofa é um dos elementos mais importantes e versáteis. Muitas vezes ela tem carne e ovo em sua composição, que são proteínas. É um alimento de alto valor nutricional”, explica Domenica Verrone, assessora técnica do Centro de Serviços de Nutrição da Seduc-SP.
A presença de nutricionistas na composição do cardápio escolar visa também adequar cardápios de acordo com a sazonalidade de alimentos e paladar de cada escola. A ervilha foi privilegiada nas adaptações por ser considerado um alimento versátil pelos nutricionistas. “A ervilha é composta em 20% de proteína. Seu alto valor proteico permite o preparo de várias receitas”, cita Lúcia.