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quinta-feira, 27/02/2014
Imprensa

Secretaria forma mais de 10 mil detentos em um ano e levantamento mostra que educação muda comportamento nos presídios

Nas escolas que funcionam nas penitenciárias, professores da rede estadual seguem o mesmo currículo e presos recebem material didático e kit escolar Balanço inédito da Secretaria da Educação do Estado […]

Nas escolas que funcionam nas penitenciárias, professores da rede estadual seguem o mesmo currículo e presos recebem material didático e kit escolar

Balanço inédito da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo mostra que o primeiro ano em que os professores da Pasta passaram a atuar no Programa de Educação nas Prisões já obteve resultados significativos para os detentos. Em 2013, 10.713 detentos conquistaram o diploma após frequentarem as aulas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos ciclos I e II do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Além da conquista, o acesso à educação também repercute no comportamento dos alunos. Pesquisa realizada em 123 unidades prisionais identificou ainda que 96% dos agentes da Secretaria da Administração Penitenciária declararam constatar mudanças comportamentais positivas nos cerca de 15 mil alunos que frequentam as aulas oferecidas nos presídios.

O levantamento ouviu todos os alunos presidiários, funcionários da penitenciária e também os cerca de 900 professores, coordenadores e supervisores da Secretaria da Educação que atuam nos presídios.

Dos matriculados nas aulas oferecidas nas prisões, 68% dos alunos afirmaram ter vontade de continuar os estudos após o cumprimento do regime e metade afirmou ter procurado os estudos para adquirir conhecimento. Nas escolas que funcionam dentro das penitenciárias é oferecido o mesmo currículo e o material didático da rede estadual, incluindo o programa EJA – Mundo do Trabalho. 

O perfil do docente selecionado para lecionar nessas unidades também merece destaque. De acordo com o balanço, 15% dos professores já tinham experiências anteriores em ministrar aulas para estudantes em situação de privação e outros 25% fazem parte do corpo docente das escolas que oferecem ensino de jovens e adultos.

“A pesquisa ajuda a aprimorar as diretrizes pedagógicas e as estratégias de aprendizado. O Programa de Educação nas Prisões comemora seu primeiro ano com muitas conquistas, como a formação dos professores e a implantação do currículo estadual nas salas de aula das penitenciárias”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.

Durante o ano passado, a Secretaria realizou seminários e cursos em parceria com universidades de capacitação para os professores que atuam no sistema prisional. O próximo passo é mapear indicadores educacionais para traçar as diretrizes do programa de educação em todo o Estado de São Paulo.