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terça-feira, 27/09/2011
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Secretaria inicia discussão sobre currículo do Ensino Médio com a rede

A Secretaria de Estado da Educação acaba de dar início a uma ampla discussão sobre a reformulação curricular do Ensino Médio. As análises e sugestões que resultarão desse debate serão […]

A Secretaria de Estado da Educação acaba de dar início a uma ampla discussão sobre a reformulação curricular do Ensino Médio. As análises e sugestões que resultarão desse debate serão apresentadas por representantes dos professores e demais profissionais da Educação durante a nova rodada de reuniões regionais de trabalho, em outubro, com o secretário Herman Voorwald e o secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho.

O ponto de partida para esse debate foi o encaminhamento de uma proposta de reorganização do currículo para o Ensino Médio, visando a elaboração, ainda neste ano, de uma nova Matriz Curricular, a ser adotada a partir de 2012. Conforme já havia sido comunicado diretamente a todos os 91 dirigentes regionais em reuniões em São Paulo desde agosto, todas as escolas estaduais já receberam esse documento. “O debate com o magistério é condição necessária para o sucesso da implementação de uma reformulação curricular em qualquer rede de ensino”, destacou o secretário Herman Voorwald.

Elaborada por um grupo de educadores da rede estadual sob a supervisão da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), a proposta encaminhada para discussão visa compatibilizar as exigências da legislação vigente sobre a matéria com os objetivos de tornar o currículo mais atrativo para os alunos, promover uma formação integral do jovem e torná-lo mais preparado para o mundo do trabalho. Além disso, a iniciativa busca preservar a tendência de queda da evasão nesse nível de ensino. Vale ressaltar que a taxa de abandono no Ensino Médio na rede estadual caiu de 26,5% em 1986 para 5,4% em 2010, mesmo com o crescimento de 545 mil para 1,512 milhão do total de matrículas nesse mesmo período.

Nessa formulação, o mais importante não são as mudanças sugeridas para a carga horária das disciplinas — que certamente serão foco de amplas discussões e sugestões —, mas a possibilidade de as escolas oferecerem grades curriculares diferenciadas, com ênfase em três áreas do conhecimento, todas elas considerando suas respectivas tecnologias: 1) Linguagens e Códigos; 2) Ciências da Natureza e Matemática; e 3) Ciências Humanas.

Nas escolas que tiverem pelo menos três turmas de terceira série do Ensino Médio, os alunos poderão optar por uma área de conhecimento com base nessas três alternativas. Para as unidades de ensino que não tiverem número de classes suficientes para oferecer essas formações diferenciadas, a proposta prevê grade curricular com distribuição equitativa entre as três áreas.

Outro aspecto importante da proposta é a introdução da disciplina de Língua Espanhola nas segundas e terceiras séries e da matéria Orientação de Estudos, destinada a auxiliar os alunos na condução de suas atividades.

“O debate com o magistério em torno da reorganização curricular do Ensino Médio é um passo essencial para cumprir com o objetivo do Governo de São Paulo de tornar sua rede um dos melhores sistemas educacionais do mundo nos próximos anos”, ressaltou o secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho.