Nesta terça-feira, 10 de fevereiro, o governador Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, participaram da reinaguração do Salão Nobre da Secretaria da Educação – agora batizado de “José Ermírio de Moraes Filho”, em homenagem a um emérito realizador, que contribuiu para a cultura e a melhoria de vida dos paulistas. Também participaram da solenidade o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Alexandre de Moraes, a secretária da Cultura, Cláudia Costin, o secretário-adjunto da Secretaria da Educação, Paulo Barbosa, a esposa do patrono, Neide de Moraes, os filhos, José Ermírio de Moraes Neto e Neide Helena de Moraes, o irmão Antônio Ermírio de Moraes, o rabino Henry Sobel, o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, e demais autoridades. Durante a cerimônia também foram apresentados números musicais pelos jovens do Projeto Guri e pelo Coral da Secretaria da Educação.
O governador Geraldo Alckmin destacou a importância do empresário José Ermírio de Moraes Filho tanto no âmbito empresarial como no cultural, da educação, saúde e esportes. “O melhor exemplo de educar é dar exemplos. Portanto, nada mais justo do que homenagear este homem que foi um grande empreendedor da cultura”.
O secretário Gabriel Chalita também destacou a importância do patrono do Salão Nobre. “O exemplo de José Ermírio de Moraes Filho deve ser seguido pelas pessoas que desejam contribuir para a sociedade”, afirmou o secretário, destacando que “o nome do patrono iluminará as decisões tomadas no Salão pelos educadores do século XXI”.
Sobre o Salão
O Salão possui uma área retangular de 115 metros quadrados, com pé direito de 4,50 metros. As pinturas foram feitas com motivos compostos de ramos de louros e alegorias mitológicas. Fazem alusão às ciências e uma delas representa o apóstolo São Paulo. A técnica adotada é a pintura à base de óleo sobre suporte seco, e aplicação de uma camada protetora à base de cera de abelha.
O teto é revestido por placas de celulose fixadas na estrutura do telhado e decorado com rosáceas. Entre a parede e o teto, existe um trabalho de gesso com aplicação de folhas de ouro e pátina. O piso é de tacos de madeira de lei, formando um desenho geométrico.
A importância do Salão Nobre pode ser medida pelo fato de ter sido palco, além da defesa de teses da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, de momentos de mobilização geral. Os rituais de cerimônia eram assistidos por um grande público sempre com muito respeito. A beca preta e a sobrepeliz azul-celeste indicavam a hierarquia universitária que, por sua vez, determinavam a ordem dos que tomavam a palavra.
No Salão Nobre originou-se também a Sociedade de Psicologia, por meio da qual o Dr. Durval Marcondes introduziu um curso de Psicanálise. Em 1945, o prof. Otto Klienberg, munido de toda uma tecnologia desconhecida em sala de aula, imprimiu nova orientação aos cursos de Psicologia Social.
Sobre as obras
Inicialmente foi realizada uma pesquisa iconográfica com o objetivo de descobrir o autor das pinturas, Carlos Mancini, datadas de 1937.
Houve restauro das janelas de madeira e fechos dourados, lambris, painéis e pinturas das paredes, recomposição de douraturas de todas as molduras, inclusive rosetas. Foram reparados e repintados os forros de madeira perfurados com apliques alternados em rosetas de gesso. O assoalho, em tacos desenhados em duas cores, foi recomposto com a aplicação de sinteko. Luminárias tipo globo foram instaladas e a elétrica de piso recomposta.
As pinturas lisas foram restauradas, respeitando o tom original e suas características. Foram também reintegrados os painéis e refeita toda a aplicação de folha de ouro. A Secretaria de Estado da Educação investiu R$ 297.938,78 na restauração do Salão.
Ana Lucia Venerando
