Secretaria de Educação estimula o diálogo entre a Igreja e a escola, para fortalecer a comunidade
O Secretário Gabriel Chalita esteve hoje (25/09) na Diocese de Campo Limpo, para participar da reunião “Manhã de Estudos”, onde fez um convite aos sacerdotes católicos para que se integrem ao programa Escola da Família e realizem parcerias com a Febem. Estiveram presentes o Bispo Dom Emílio Pignolli e o Monsenhor Tarcísio Louro.
O Secretário começou a palestra com uma declaração impactante: “A Febem é um desafio que entusiasma.” Gabriel Chalita estabeleceu seu raciocínio dizendo que o jovem interno é uma pessoa carente de afeto e que necessita do apoio de toda a comunidade, “O jovem que faz essas coisas é bom em essência (…) É preciso que essa potência se transforme em ato”.
Chalita contou que as unidades da Febem já recebem apoio da comunidade evangélica e que também gostariam da participação ativa da comunidade católica. Como exemplo, o Secretário citou a iniciativa pioneira realizada na unidade do Complexo Tatuapé de criar um grupo de catequese, do qual participam 450 jovens. Segundo o secretário a razão que o levou a assumir a Febem e que o estimula a convidar a Igreja pode ser sintetizada numa frase: “Só existe uma possibilidade de educar, já dizia Dom Bosco: educação, afeto e vínculo”.
Escolas públicas
O Programa Escola da Família, segundo o Secretário, é uma boa oportunidade para que os sacerdotes católicos alcancem uma maior integração com a comunidade e com a rede de ensino, através da Pastoral da Juventude. Ele lembra que tanto os padres quanto os professores “têm que ter consciência da responsabilidade que Deus depositou em suas mãos” e que, assim, devem questionar-se sempre: “Por que resolvi ser padre? Por que resolvi ser professor? Se eu não pensar nisso todo dia, trocarei a inspiração pela atividade. Trocando em miúdos, é optar pela burocracia”.
Gabriel Chalita disse que quando um jovem tem uma atitude violenta ele está apenas reproduzindo atitudes sofridas a vida inteira. E que os profissionais que lidam com o jovem devem repensar suas atitudes para conquistá-lo, “Não é um trabalho agressivo, mas um trabalho de encantamento (…) O padre é um grande animador – anima: dar alma. O professor precisa ser um animador também”.
Ao final do evento os convidados mostravam bastante interesse com a possibilidade atuar no programa Escola da Família. Muitos convidados sugeriram participar durante a semana, quando realizam menos atividades paroquiais, no que foram estimulados pelo Secretário, que sugeriu visitas às escolas, participando de seu dia-a-dia.
O Secretário se comprometeu a ajudar as comunidades nas quais os sacerdotes atuam a participar do programa de Padarias Artesanais do Fundo de Solidariedade. Por fim, indicou a Central de Atendimento da Secretaria da Educação como um canal eficiente para oferecer-lhes toda a orientação necessária para atuarem na comunidade escolar.
Aline Viana