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segunda-feira, 24/10/2005
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Secretário Gabriel Chalita reafirma posição do Governo: “não haverá demissão”

O secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, enfatizou hoje em teleconferência a professores e diretores das 5, 4 mil escolas do Estado de São Paulo e a dirigentes das […]

O secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, enfatizou hoje em teleconferência a professores e diretores das 5, 4 mil escolas do Estado de São Paulo e a dirigentes das 89 Diretorias de Ensino, que não haverá demissão “nem de professores temporários, nem de ninguém”. O secretário afirmou que ficou absolutamente surpreso em relação às manifestações e à promessa de greve dos professores a partir desta segunda-feira. Gabriel Chalita disse que desde que está na Secretaria, nunca um sindicato, seja de funcionários, de professores, de aposentados, de diretores e ou de supervisores, deixou de ser atendido. Todos foram ouvidos, ou pelo secretário, ou pelo adjunto, Paulo Barbosa, ou pela chefia de gabinete. “Achamos absurda a idéia de fazer grandes manifestações para mostrar que o professor tinha que ser ouvido. Isso é triste.”

Gabriel Chalita disse ainda que “é lamentável que sindicatos ligados a partidos políticos partidarizem a educação. Vimos cenas muito tristes, com pessoas berrando, avançando em carros e em policiais. Esses não são professores, são membros de partido político, que não têm nada a ver com educação. São outras pessoas que se somam a alguns poucos que estão afastados do cargo de professor e fazem essas manifestações para tentar partidarizar a educação. É uma situação que deprecia o professor que está quieto na sala de aula, realizando seu trabalho, cumprindo sua missão.”

Outro tema ressaltado pelo secretário Chalita foi o projeto de lei anteriormente encaminhado à Assembléia Legislativa, que tratava dos professores temporários, retirado pelo Governo já há algumas semanas e amplamente divulgado à época. “Houve um erro naquele projeto, já que a Educação e a Saúde têm regimes próprios, são diferentes . Eu disse isso à imprensa, o governador também esclareceu, assumiu isso. Então, a pergunta que fica é: como é que se diz para toda a opinião pública que haverá uma grande greve, paralisando todas as escolas, por um Projeto de Lei que não existe?”

Escolas funcionam normalmente

“Mais uma vez”, continuou Gabriel Chalita, “a Secretaria quer afirmar: não há Projeto de Lei sobre temporários para ser votado. Ele foi retirado”. Ainda durante a teleconferência, o secretário reconheceu a temporalidade dos cargos públicos e assegurou que não está preocupado com a permanência dele como titular da Educação no Estado, mandato que acaba em 2006. “Logo não serei mais secretário, virá uma outra pessoa, mas eu continuo como educador e quero ter a consciência de que no momento que ocupei um cargo de secretário de Educação sempre defendi e respeitei o professor sob todos os aspectos”.

A greve anunciada, que deixaria seis milhões de alunos sem aulas, nesta segunda-feira, não aconteceu. Todas as escolas estão funcionando normalmente.

 

Vera Souza Dantas