O Coral Jovem do Estado de São Paulo dá continuidade à sua temporada comemorativa de 40 anos no mês de outubro com a realização da Semana do Canto, que começa hoje, dia 03, e vai até domingo, dia 06 de outubro. A semana irá unir diversos equipamentos culturais da cidade como o Theatro São Pedro, Teatro Aliança Francesa, Sala São Paulo e Pateo do Collegio.
O grupo formado por 44 bolsistas fixos, alunas e alunos da EMESP Tom Jobim, se dividirá em três núcleos – popular, barroco e lírico, para apresentar 00programas distintos com participação de músicos e regentes convidados.
Em Música Líquida, o núcleo popular do Coral Jovem convida o poeta arrudA, o compositor Caio Chiarini e os cantores-criadores Pedro Iaco e Zuza Gonçalves, para uma incursão no universo do jazz brasileiro, da improvisação livre e das interações entre música e poesia. Alinhavando as canções e improvisos surge como mote o elemento água e as suas relações com música, voz e corpo. O programa terá regência de Tiago Pinheiro de Souza e preparação vocal de Marília Vargas.
Já o núcleo barroco do Coral Jovem recebe o maestro Luis Otavio Santos para reger um programa a partir da obra Musikalische Exequien, de Heinrich Schütz (1585-1672), considerado a figura central da música luterana na Alemanha do século XVII. Além da obra de Schütz, o coro vai interpretar as peças O Magnum Mysterium, de Tomás Luís de Victoria, e ExultateDeo, de Giovanni Pierluigi da Palestrina, com regência, pela primeira vez, de Marília Vargas, soprano e preparadora vocal do Coral.
No programa (Ao) Ar Livre: canções, valsas e quartetos vocais, o núcleo lírico do Coral Jovem cantará obras de Brahms, Mendelssohn, Widmer e Gallet. (Ao) ar livre simboliza os ambientes, físicos e psicológicos, populares e joviais e suas relações com o tema da liberdade. Essa performance é o resultado do trabalho desenvolvido pelo grupo e pela pianista Sin Ae Lee, em parceria com o pianista e diretor musical Ricardo Ballestero.
O Coral Jovem do Estado é composto por vozes soprano, contralto, tenor e baixo. Reestruturado há quatro anos, além do fundamental repertório lírico, o grupo passou a explorar a música antiga e a música popular. Outro diferencial é a proposta artístico-pedagógica que vai além do canto e permite apresentações dinâmicas e com repertório eclético.
Essa diversidade, aliada à oportunidade de transitar do canto barroco ao popular ao lado de importantes solistas, arranjadores e grupos, proporciona aos jovens cantores uma formação de maior abrangência técnica e intelectual, transformando-os em artistas capazes de explorar seus corpos e vozes de forma mais criativa e precisa.