Inclusão e acolhimento é uma das responsabilidades da Secretaria de Estado de Educação com todos os alunos, sobretudo, imigrantes e refugiados. Diante disso, o Centro de Atendimento Especializado (CAESP), órgão vinculado à pasta, promove um seminário para debater e aperfeiçoar a integração de crianças e jovens oriundos de outras nacionalidades.
“Desconstruindo Barreiras Linguísticas: a intercompreensão como ferramenta para integração das línguas no espaço escolar” acontece no próximo 17 de agosto na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores, das 9h às 17h. O encontro é voltado para todo Quadro do Magistério, especialmente, para professores e coordenadores que possuem alunos estrangeiros em suas unidades.
Pela manhã, os presentes contarão com palestras de intercompreensão e, durante à tarde, oficinas para elaborar em conjunto novas perspectivas a serem abordadas em sala. O objetivo, dessa forma, é refletir os tipos de materiais e atividades que podem ser utilizados.
“Com esse encontro, conseguimos oferecer mais um subsídio pedagógico para auxiliar o trabalho do professor, lembrando dos desafios cada vez mais plurais – em línguas, culturas e perfis de aprendizagem”, afirma Laís Modesto, diretora do Núcleo de Inclusão Educacional (NINC) ligado à pasta.
Atualmente a rede de ensino paulista é composta por cerca 9.192 estudantes estrangeiros, de 120 nacionalidades diferentes. Deste total, quase a metade (44%) é composta por estudantes oriundos da Bolívia, seguido de Japão e Haiti.
“É triste ter que excluir jovens do sistema escolar pelo fato de terem sido alfabetizados em outra língua. A Intercompreensão permite criar rapidamente passarelas de sentido entre as línguas que eles conhecem (como o espanhol, o francês, o crioulo haitiano) e aquela que vão estudar e que servirá para sua avaliação (o português)”, ressalta Frédéric Frament, ex-adido de cooperação para o francês do Consulado Geral da França em São Paulo e um dos responsáveis pela parceria com a pasta.
Além disso, a adoção das práticas intercompreensivas pode contribuir para uma melhora do desempenho dos próprios estudantes brasileiros no que concerne às suas habilidades estratégicas e linguísticas de compreensão em línguas estrangeiras.