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terça-feira, 02/06/2020
Coronavírus

SP integra cases de boas práticas mundiais da OCDE de políticas educacionais implementadas durante crise do coronavírus

Série de publicação visa disseminar conteúdos que podem ser reaplicados por outros países; artigo sobre SP foi escrito por presidente do CIEB e professor de Harvard

As políticas públicas implementadas pela Secretaria Estadual da Educação para manter a continuidade das aulas durante o fechamento das escolas é um dos cases de boas práticas mundiais selecionados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A iniciativa de reunir as ações de educação criadas para este período da pandemia é da OCDE, Banco Mundial, HundrED e da Harvard University por meio da Global Education Innovation Initiative.

A série de publicações visa disseminar conteúdos que podem ajudar os países a desenharem estratégias para garantir a continuidade da educação enquanto as aulas presenciais seguem suspensas.

O artigo que elenca as ações do governo de São Paulo é de autoria de Lucia Dellagnelo, presidente do Centro de Educação para Inovação Brasileira (CIEB), e do professor Fernando Reimers, da Harvard University.

Para Lucia, um dos fatores que fazem com que São Paulo se destaque foi a rapidez com que viabilizou uma ferramenta para que 3,5 milhões de alunos da rede estadual tivessem acesso ao ensino remoto – o Centro de Mídias SP, inaugurado no dia 6 de abril.

“Foi um período muito curto onde foram montadas estratégias bem consistentes de educação. Outro destaque é a multi modalidade de ofertas com TV aberta, aplicativos e material impresso, e a combinação de estratégias para ter certeza de que todo aluno será atendido”, diz Lucia.

Além de oferecer dois aplicativos, um voltado para os alunos da educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental, e outro para anos finais do fundamental e ensino médio, a Seduc utiliza também canais da TV aberta, como a TV Univesp e TV Educação para transmitir aulas da rede.

Para garantir a continuidade da aprendizagem ainda foram distribuídos kits de materiais impressos como fascículos de português e matemática, livros paradidáticos e gibis para todos os alunos.

Para a especialista, as críticas sobre as ações adotadas são importantes porque desvelam a desigualdade social. “Mas da parte da Seduc há um esforço excepcional para alcançar todos os alunos. Para uma rede que não tinha um modelo híbrido fazer essa transição é muito desafiador.”