Atualmente a rede pública de ensino conta com 3.380 Grêmios Estudantis formados por alunos das escolas, que são responsáveis pelo desenvolvimento de atividades culturais, esportivas, sociais e de cidadania. Por meio dos grêmios, os jovens podem exercer a participação democrática na sociedade, além de desenvolver o espírito de liderança e responsabilidade.
– Veja aqui o passo a passo para criar um grêmio em sua escola
As agremiações, ao lado dos diretores e coordenadores pedagógicos, colaboram também para a gestão das escolas, auxiliando nos bons resultados de aprendizagem.
Para esclarecer alguns pontos sobre a atuação desses colegiados, o Núcleo de Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos (Nuart), órgão da Educação, elaborou uma lista de perguntas e respostas para orientar o trabalho dos grupos nas escolas. Questões como autonomia, recursos financeiros e eleições estão entre os pontos abordados, além de uma relação de sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas pelos grêmio.
Confira sete perguntas e respostas para orientar a atuação do grêmio estudantil em sua escola:
1) Quem pode participar da diretoria de um Grêmio Estudantil?
Todo aluno matriculado na escola poderá ser da Diretoria do Grêmio, desde que esteja inscrito na chapa vencedora. Em relação ao cargo, os membros da própria chapa deverão escolher qual posição terão de acordo com as áreas de interesse de cada um.
2) Como é escolhida a data para a eleição do Grêmio Estudantil?
A data para a eleição do Grêmio deve acontecer dois dias letivos após o último dia de campanha das chapas.
3) O Grêmio Estudantil tem direito a uma sala na unidade escolar?
Sim. É importante que a diretoria da escola disponibilize uma sala para a sede do Grêmio.
4) Qual a autonomia do Grêmio?
O Grêmio tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola. Para executá-las, no entanto, o grupo deve contar com o apoio e a autorização da direção ou do Conselho de Escola. O grêmio tem direito de participar da organização do calendário escolar e deve articular e negociar os interesses junto à direção.
De acordo com levantamento do Núcleo de Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos (Nuart), entre os mais de 3,3 mil grêmios atuantes em escolas estaduais, 29% dos grupos têm como foco organizar atividades esportivas. Outros 27% se dedicam na promoção de eventos culturais dentro e fora da unidade de ensino. O entretenimento é responsável pela atenção de 12% dos grêmios.
5) O que é possível fazer com os recursos financeiros captados pelo Grêmio Estudantil?
É possível utilizar os recursos para organizar e promover atividades ou eventos do Grêmio. Como por exemplo, comprar um computador para a sala do grupo, promover uma excursão para um museu, entre outros. Nenhum membro do Grêmio pode ser remunerado. A participação é voluntária!
6) O que acontece com os bens materiais que o Grêmio adquire depois que uma diretoria encerra seu mandato?
Quando uma diretoria encerra seu mandato, os bens adquiridos permanecem no Grêmio Estudantil. Os bens serão averiguados pelo diretor e pelo Conselho Fiscal (três alunos eleitos pelo Conselho de Representantes de Classe). É muito importante a transparência no gerenciamento e o incentivo à participação dos alunos nas decisões de aplicação dos recursos financeiros.
7) Os integrantes do Grêmio podem sair da sala de aula quando houver necessidade?
A orientação dada aos grêmios é que evitem marcar reuniões e atividades em horários de aula. Quanto mais envolvidos com as disciplinas, com os professores e com a escola em geral, mais o grêmio saberá que propor e aprimorar. Em casos urgentes, com autorização do professor ou da direção da escola, é possível a saída de um membro.
Confira a lista de sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas pelos Grêmios:
Encontro com o secretário
Todos os anos, a Diretoria de Ensino de São Carlos realiza um encontro regional com os gremistas e, esse ano, o evento contou com a participação do secretário da Educação, Herman Voorwald. “Quero deixar isso como um caminho para a Secretaria, é muito importante que os estudantes se manifestem. Percebemos como os alunos são preocupados com as questões da escola e sua comunidade. Dar voz a esses jovens faz com que entendam como são fundamentais para o processo de melhoria da educação”, Voorwald.
O bate-papo trouxe aos alunos a sensação de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido nos grupos. Saiba mais aqui.
* Atualizado em 23/05/2014 às 14:32