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quinta-feira, 10/06/2021
Ensino Fundamental

“Projeto de Vida” trabalha habilidades socioemocionais e incentiva alunos da rede estadual a perseguirem seus sonhos

Iniciativa, citada como um dos pilares para o desenvolvimento socioemocional em estudo da Seduc-SP em parceria com o Instituto Ayrton Senna, é realidade em todas escolas de Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio paulistas desde 2020

Acreditar e encontrar na escola o apoio e as ferramentas para ir em busca dos seus sonhos. Assim é o Projeto de Vida, iniciativa que é realidade em todas as unidades da rede estadual de Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de São Paulo desde 2020. Antes, o modelo já era vivenciado pelos estudantes das escolas que fazem parte do Programa Ensino Integral (PEI).

Durante o decorrer do ciclo de ensino, os alunos mapeiam suas aspirações através de atividades trabalhadas progressivamente, ao longo do processo de aprendizagem, com provocações que os levam a refletir sobre o que desejam para o futuro em relação aos estudos, trabalho e participação na sociedade.

“O Projeto de Vida é um espaço para os alunos falarem dos seus sonhos, olharem para o futuro, mas aterrissarem isso no presente. E eles vão pensar quais são as metas e as ações que eles podem fazer desde já para chegar lá, sempre passando pela importância de seguir estudando. Esse é um componente curricular que é super importante para ampliar o repertório dos nossos alunos, para incentivar que eles pensem no futuro considerando os seus desejos profissionais, mas também as suas outras aspirações.”, explicou Bruna Waitman, coordenadora do PEI e do Centro de Mídias de SP.

Além de entenderem melhor sobre quem querem ser, os alunos ainda desenvolvem competências como determinação, perseverança, responsabilidade e empatia, assim como participam da elaboração, gestão de projetos e exercitam a tomada de decisão nos aspectos pessoais, acadêmicos e sociais.

Os próprios estudantes da rede estadual apontam os benefícios do Projeto de Vida. “A aula de Projeto de Vida foge do conceito de aula em que o aluno copia a matéria do quadro e escuta o professor. Nessas aulas nós temos reflexões sobre o nosso futuro, o que somos, onde queremos chegar e quais são as ferramentas que temos para chegar aos nossos objetivos”, declarou Sara Chacon de Carvalho, aluna da Escola Estadual Milton Rodrigues.

A estudante da 3a série do ensino médio ainda avaliou que as aulas ensinam, além de tudo, o planejamento a longo prazo. “Um aluno que tem a visão do seu futuro por ter tido aula de Projeto de Vida, se organiza e planeja os seus objetivos, isso é de fundamental ajuda na hora de viver a vida, procurar um emprego, entender o que quer cursar de faculdade ou no caso dos alunos que querem empreender, o Projeto de Vida ajuda a desde cedo organizar as ideias para abrir sua própria empresa”, afirmou.

Socioemocional dos estudantes
Na última semana, a Seduc-SP e o IAS apresentaram dados da pesquisa inédita sobre a percepção dos estudantes da rede pública estadual sobre o desenvolvimento socioemocional. O questionário foi respondido por 110.198 alunos, em novembro de 2019, e trouxe, entre outros pontos, informações relacionadas ao processo de aprendizagem e fatores educacionais, como melhoria do desempenho escolar, fortalecimento da saúde mental e redução dos riscos de evasão e violência escolar naquele momento específico de vida.

Os estudantes do 5° e 9° ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio se autoavaliaram como pouco, medianamente, bastante e muito desenvolvidos em 17 competências – divididas em cinco macrocompetências: amabilidade, engajamento com os outros, abertura ao novo, autogestão e resiliência emocional. “A ciência mostra que as competências socioemocionais têm impactos muito relevantes, tanto na vida presente do aluno em sua aprendizagem, quanto na sua vida futura. As informações estão relacionadas às características individuais, que se manifestam nas formas de sentir, pensar e agir ao se relacionar consigo mesmo, com os outros e com as situações para estabelecer e atingir objetivos”, comentou Viviane Senna, presidente do IAS.