Trocar cartas no século XXI pode ser raro, mas não para os alunos da rede estadual de ensino. Na região de Bragança Paulista, estudantes das 63 escolas costumam trocar experiências da forma mais tradicional. O projeto Intercâmbio de Cartas já mobilizou mais de 5 mil alunos desde 2012 e procura estabelecer um vínculo entre os alunos, comunidade e outras escolas em ações sustentáveis e de conscientização dos recursos hídricos.
Para redação das cartas, os professores são peças-chaves. Eles dão suporte, principalmente na correção gramatical. A ideia é produzir dois textos: um durante o desenvolvimento, quando os alunos descrevem a localização da escola e as atividades; outra, ao fim das ações, em que relatam a existência e preservação das nascentes da localidade e como foi a divulgação das ações com Grêmio Estudantil e Escola da Família. Em paralelo, os estudantes também são convidados a visitar áreas de preservação e nascentes e conhecer mais o que foi trabalhado em sala de aula.
Entre os trabalhos de maior destaque está a E.E. Fernando Amos Siriane. A questão dos recursos hídricos foi retratada de maneira criativa por aluno do 6º ano que encenaram uma peça teatral com a paródia da música “Show das Poderosas”, que na versão ambientalista se transformou em “Prepara o balde”.
Cartaz da Amizade
A troca de cartas também faz parte da rotina da E.E. Prefeito Décio Prata, localizada em Floreal, município de São Paulo. Mas lá, o objetivo é diferente. Os estudantes da unidade de ensino escrevem correspondências para pessoas com deficiência intelectual, amparadas pelo Instituto de Amparo ao Excepcional (Inamex). A ideia é que os remetentes mirins mantenham laços afetivos com os destinatários. Clique aqui e conheça o resto da história.
