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segunda-feira, 24/06/2013
Boas Práticas

Pequenos aprendem lições sobre tolerância ao conhecerem sobrevivente do Holocausto

Projeto desenvolvido na E.E. Expedicionário Brasileiro pretende estimular a reflexão dos alunos

Antes das fotos, uma pausa para pentear o cabelo e retocar o batom. Quem vê o brilho nos olhos da senhora de cabelos brancos não imagina o que eles já presenciaram. Histórias que ainda hoje, 68 anos depois, continuam vivas na mente de Nanette Blitz, uma sobrevivente do Holocausto. Das memórias que remexe sem medo, ela conta dos momentos no campo de concentração e afirma que aquela história precisa ser dita, para que nunca se repita.

Como plateia em sua última palestra, Nanette encontrou cerca de 200 alunos da E.E. Expedicionário Brasileiro, na zona norte da capital. Com idades que variam entre os 9 e 10 anos, os pequenos acompanharam com seriedade o relato da senhora de 86 anos. Por sua vez, a palestrante retribuiu respondendo com honestidade as perguntas dos alunos.

A iniciativa que levou a esse encontro de gerações partiu da professora Luciana Benvengo. O projeto, que começou com a leitura do livro “O Diário de Anne Frank”, pretendia estimular os pequenos a refletirem sobre intolerância e respeito. “A ideia é que eles conhecessem essas histórias e pensassem sobre o comportamento deles. Como é possível partir de uma pequena intolerância e chegar a uma monstruosidade”, explica a educadora.

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A partir do projeto, a professora encontrou também a obra “Os Colegas de Anne Frank”, que abordava a história de uma outra jovem, companheira de escola de Anne, e que sobreviveu aos horrores da guerra. Em seu relato, Nannete contava sobre o reencontro com a amiga nos campos de concentração e o sofrimento durante os anos em que viveu presa. “Conhecer uma testemunha é muito diferente de apenas ler o livro. É como trazer um pedaço da historia aqui, ao vivo, para os alunos”, comenta Luciana.

Para Nanette, o encontro foi especial e ensinou aos pequenos uma lição que levarão para a vida toda. “Essas crianças devem aprender a ser tolerantes, para que não se repita o que aconteceu. Mais do que isso, eles precisam crescer atentos ao que acontece no País, pois a democracia não vem de graça”, reflete.