O Secretário de Estado de Educação, professor Gabriel Chalita, inaugurou na segunda-feira, 24 de maio, o Núcleo de Tecnologia da Diretoria de Ensino de Sumaré. O secretário foi surpreendido na chegada com uma apresentação do coral de alunos da EE Savino Campigli. O coordenador Élcio Antônio Selmi, da Coordenadoria de Ensino do Interior (CEI), a dirigente de ensino de Sumaré, Nemesis Divina Brandão e diversas autoridades estiveram presentes no evento.
O núcleo de Sumaré já capacitou cerca de 500 educadores. Mais de 100 alunos de Hortolândia e Sumaré formaram-se, entre os meses de março e abril, pelo programa aluno-monitor. O núcleo é formado por duas salas, cada uma equipada com 10 computadores, softwares educacionais e mobiliário de apoio. Os recursos utilizados para a aquisição de equipamentos de informática e mobiliário foi de R$ 70 mil.
Atualmente todas as 89 Diretorias de Ensino da rede estadual possuem núcleo de tecnologia. O objetivo é capacitar profissionais da educação e alunos para atuarem como monitores durante a utilização das tecnologias de informação e comunicação.
Reajuste salarial dos professores
Durante seu discurso no evento, o secretário informou que a situação mais preocupante na Educação diz respeito à questão salarial dos professores. O professor Gabriel Chalita disse que o maior problema não é a falta de dinheiro, mais sim a questão da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Os conceitos de participação da família na escola e a função, não apenas administrativa, mas, também social do diretor são pontos que estão sendo superados a cada dia na rede estadual. Por isso, a prioridade do Governo do Estado hoje é a questão salarial. Acredito que existam grandes chances de ocorrer um reajuste salarial, estou lutando por isso”, afirmou o secretário.
Febem
Outro assunto polêmico abordado pelo secretário refere-se à Febem. Chalita afirmou que, dos 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) cotados para a implementação de unidades da Febem, Campinas é a cidade mais indicada. “Nossa real necessidade hoje na Região Metropolitana é a construção de mais duas unidades em Campinas, mas estamos sofrendo resistência”, informou. O secretário acrescentou que a prioridade é Campinas pelo fato de a cidade ter hoje mais de 500 jovens internos em outras unidades. “A construção destas unidades é importante para que os pais destes jovens possam visitá-los. É fato comprovado que os pais são mais presentes na vida dos internos quando a unidade fica próxima à residência deles”, completou.
Nenhum dos 19 municípios aceita a implementação de uma unidade da Febem por considerá-la negativa para a região. Chalita afirmou que essa visão é equivocada, pois as parcerias com empresas e ONGs estão apresentando bons resultados. “O índice de reincidência dos adolescentes que passaram pela Febem caiu, nos últimos anos, de 50% para 16%. Isso é um número que tem que ser levado em consideração”, afirmou. Sumaré, por meio da Câmara Temática de Ação Social da RMC, está elaborando um projeto que deve ser apresentado para o secretário na próxima reunião do Conselho da RMC, em junho.
Paola Martins
