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terça-feira, 05/07/2022
Notícia

Estadual de Mairinque desenvolve catapulta para reflorestar Mata Atlântica 

Projeto de estudantes de ensino médio foi premiado em 1º lugar na categoria Master de Ciências da Natureza da Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo 

“É possível reflorestar regiões degradadas da Mata Atlântica de difícil acesso e sem poluir o meio ambiente?”. A partir desta questão-problema, os estudantes da Escola Estadual Estação Dona Catarina, de Mairinque, Héverlin Gonçalves e Luís Augusto Rodrigues Pereira desenvolveram o projeto nomeado “Catapulta lançadora de projéteis biodegradáveis portadores de sementes de reflorestamento da Mata Atlântica”.

“A região no entorno da nossa escola tem muita queimada e pensamos em uma maneira de ajudar o meio ambiente criando uma catapulta de sementes de embaúba para reflorestar estas áreas biodegradadas. A catapulta tem funcionamento mecânico, dispensando reagentes químicos ou água pressurizada para os lançamentos. Desta forma, nenhum resíduo foi gerado que pudesse poluir o meio ambiente.”, explica Hérvelin Gonçalves, da 3ª série do ensino médio.

De maio de 2021 a abril de 2022, os alunos desenvolveram o projeto em três etapas. A importância desta pesquisa foi reconhecida com o prêmio de 1º lugar na categoria Master de Ciências da Natureza da 8ª Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo (FeCEESP), que foi entregue durante Expo Movimento Inova 2022.

“Na primeira etapa, confeccionamos a catapulta com madeira, pregos, elásticos (tubos de látex), dobradiças e tinta. Na segunda, elaboramos um tipo de plástico biodegradável, com amido de batata, para constituir os invólucros dos projéteis, que adicionamos as sementes de embaúba, planta pioneira e nativa da Mata Atlântica, e os selamos. Na terceira etapa, realizamos os lançamentos em áreas ocupadas pela Mata Atlântica, destruídas por queimadas recentes”, conta Luís Augusto Rodrigues Pereira, da 2ª série.

As regiões escolhidas foram o Morro do Saboó, em São Roque, e a Serra do Voturuna, em Santana de Parnaíba, onde foram lançadas 150 sementes em cada um destes lugares para promover o reflorestamento.

O professor de Física e orientador do projeto Wesley Moura Boracchi Cristino conta que o trabalho sensibilizou outros profissionais da unidade. “Muitos professores da escola querem continuar o projeto, estamos bem animados agora com uma equipe maior”, relata.