
Os 366 alunos da rede estadual com melhor desempenho na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2025 foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze, além de certificados em cerimônia realizada no Centro de Difusão Internacional da Universidade de São Paulo (CDI-USP) nesta semana. A competição deste ano teve como tema central os oceanos e os participantes foram estimulados a explorar a biodiversidade marinha, o ciclo da água e o papel dos mares no equilíbrio climático e na sustentabilidade do planeta.
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, foi representado na premiação pelo professor Rodrigo Fernandes de Lima, especialista curricular de Química da Subsecretaria Pedagógica (Suped). Segundo ele, a ideia de realizar o evento em parceria com a USP foi uma forma de aproximar os alunos das escolas públicas da universidade pública: “Nós pensamos na USP porque desde a Olimpíada de Química, a nossa ideia é estreitar os laços da escola pública com a universidade pública. É um movimento que visa apresentar a universidade pública para o estudante, para que ele conheça e se sinta motivado a estar aqui dentro, para que ele entenda que esse espaço também é para ele, também é para o aluno de escolas públicas”, explica.
Entre os alunos premiados, estava o Gabriel da Silva, de 16 anos de idade, que chamou atenção por carregar duas medalhas de ouro no peito. O jovem estudante da 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Allyrio de Figueiredo Brasil, localizada em Guarulhos, é bicampeão da Olimpíada Nacional de Ciências e já se dedica para buscar a terceira medalha de ouro no próximo ano. “Receber o reconhecimento por algo que a gente se esforçou tanto, correu atrás, é muito gratificante. Eu, que sou medalhista do ano passado e ganhei esse ano outra vez, me sinto muito recompensado”, conta o estudante.

O aluno Gabriel da Silva, de Guarulhos
Ana Paula Martins, professora de ciências e biologia da Escola Allyrio também conta como a rotina de estudos para a olimpíadas reflete positivamente no dia a dia deles em sala de aula: “Quando eles fazem, eles fazem com vontade e se dedicam, então para a visão de mundos deles é algo que enriquece muito. Viver uma premiação dessas e enxergar o retorno do esforço empregado reflete muito positivamente no engajamento deles durante as aulas em todas as matérias”.
Para Estela Alves da Silva Santos, de 16 anos de idade, medalhista de prata e aluna da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Rodolfo José da Costa e Silva, em Embu das Artes, pisar na cidade universitária da USP para receber a medalha tem um gosto especial, já que a jovem sonha em um dia atravessar os portões da instituição com o título de estudante de graduação: “Eu não tenho nem palavras para descrever a felicidade que a gente ficou, não só os alunos, mas toda a equipe da escola. Eu acho muito importante para todos os alunos receber esse reconhecimento em um lugar como esse. Meu sonho é estudar na USP e poder conhecer e visitar os lugares aqui dentro é maravilhoso”.

A aluna Estela Alves da Silva Santos, de Embu das Artes. Fotos: Marco Ankosqui/EducaçãoSP
Olimpíada Nacional de Ciências 2025
A Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2025, uma das maiores competições científicas do país, foi destinada a alunos do 3º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, incluindo estudantes do itinerário formativo da Educação Técnica Profissional e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A competição é organizada por cinco importantes instituições científicas, entre elas, o Instituto Butantan, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Sociedade Brasileira de Física.
A primeira fase foi realizada nos dias 14, 15 e 16 de agosto, com questões objetivas de múltipla escolha. Já os classificados para a segunda fase, que aconteceu nos dias 11 e 12 de setembro, realizaram provas dissertativas.
A cerimônia de premiação, na quarta-feira, contou ainda com a presença do professor do Instituto de Química da USP e coordenador estadual da ONC, Fernando Lopes; do professor do Instituto de Química – USP e vice-presidente da Associação Brasileira de Química de São Paulo (ABQ-SP), Jairo José Pedrotti e da estudante de química do Instituto de Química da USP, Maria Elisa Andrade Prado Teixeira.