Aos 17 anos, Esthefany Rodrigues acumula um quadro de medalhas de dar inveja a muitos veteranos. Desde 2012, quando começou a competir, são 139 pódios na natação paralímpica, incluindo o ouro e recorde no revezamento no mundial da Escócia e as quatro do Parapan do Canadá. Para dar conta de todas as conquistas, a estudante se divide entre as lições na E.E. Geraldo Campos Moreira, na zona leste da capital, e os treinos diários na piscina de um clube da região.
Na escola onde está matriculada e em outras unidades da Educação, Esthefany e os 65 mil alunos com deficiência da rede participam toda semana de aulas práticas e teóricas adaptadas. Futebol, vôlei e basquete são as modalidades mais procuradas. Tem ainda o tapembol – um esporte de quadra em que o jogador com a mão aberta dá um ou dois toques na bola até fazer gol no time adversário. O mais legal: todos os estudantes podem participar da atividade.
Os recordes de Esthefany começam a ser replicados em outros atletas. É o caso de Felipe de Castro Martins, da E.E. Zenaide Vilalva de Araújo, que possui intelectual, e foi um dos destaques do campeonato organizado pela unidade durante o mês de agosto. Mais de 1,5 mil alunos assistiram às provas de corrida com guia, futebol de cinco, vôlei sentado e tênis de mesa, que estavam no programa.
São Paulo investe em formação de professores
A adaptação das aulas de Educação Física tem sido tema constante nas formações de professores. Só no primeiro semestre, de acordo com a coordenadoria do Núcleo Pedagógico de Educação Física da regional, os docentes da rede participaram de seis videoconferências sobre educação inclusiva e dez orientações técnicas sobre adaptação do currículo para alunos com deficiência.