Nesta terça-feira (8), é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data que tem por objetivo marcar a luta por melhores condições de vida e trabalho das mulheres ao longo dos anos. E para combater temas ligados à desigualdade de gênero, entre eles a violência contra as mulheres, a Educação inovou e incluiu no currículo do Ensino Médio (1ª a 3ª série) textos, vídeos e propostas de atividades sobre o assunto. A ideia é ampliar o debate e, de forma colaborativa, propor ações a comunidades e famílias. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2013 foram registrados 620 feminicídios no Estado.
O material faz parte do conteúdo pedagógico de Sociologia e Filosofia, mas também é trabalhado de forma interdisciplinar em aulas de Biologia, História, Geografia e até Educação Física. A maioria das práticas é feita na própria sala e é acompanhada de debate, peças teatrais e/ou produção escrita. No Caderno do Aluno, entregue a todos os estudantes da rede, há referências a artigos e à legislação brasileira, como a lei 11.340, mais
Duas escolas na região do Capão Redondo (zona sul da capital) são referências no trabalho com os jovens. Na E.E. Miguel Munhoz Filho, as estratégias incluem palestras e a discussão aberta sobre casos de violência contra mulheres, que ganharam repercussão na mídia. Já na E.E. Carolina Cintra, o foco são as consequências à saúde mental e física das vítimas. Nos dois casos, as demandas surgiram tanto de dúvidas dos alunos como ponto de atenção das equipes gestoras com a realidade local.
Formação dos professores
Além do material, a Educação também criou o Núcleo de Inclusão Educacional (Ninc). A equipe é responsável por capacitar os educadores. No último ano, mais de 3 mil participaram de cursos sobre diversidade de gênero. As unidades têm ainda o apoio dos professores mediadores, que atuam na promoção de projetos de inclusão em todas as regiões paulistas.