Redação serviu de ferramenta para que estudantes falassem sobre abusos sofridos e se manifestassem contra a violência
Uma guerra pela paz. É assim que Fabiano Laureano, professor mediador da E.E. Benê Teixeira da Fonseca do Amaral Gurgel, em Itu, descreve o esforço da escola para acabar com o bullying. Nas últimas semanas, a batalha travada por Fabiano ganhou novos soldados. Em um concurso de redações promovido pela unidade, cerca de 500 alunos declararam seu apoio na luta contra o bullying e denunciaram as agressões sofridas.
O professor conta que a ideia de realizar um concurso de redações surgiu no dia 13 de junho, data de lançamento da campanha do Governo do Estado para a prevenção ao bullying. “As redações deveriam seguir o tema “Chega de bullying. Não fique calado”. Os alunos não foram obrigados a participar, eles escreveram voluntariamente”, comenta.
Em meio a quase 500 redações enviadas pelos estudantes, Fabiano relata que novos casos de bullying foram denunciados. “Uma aluna relatou o bullying que ela está sofrendo pelo simples fato de usar óculos. Ela não tinha conseguido falar sobre isso com ninguém, mas pela redação ela teve coragem de denunciar”, conta.
A ferramenta da escrita que serviu para que estudantes conseguissem denunciar as agressões sofridas, serviu também para que aqueles que são contra a violência se manifestassem. “Nós, dessa escola, devemos ser um exemplo. Devemos trazer a conscientização conjunta entre alunos e professores para erguermos juntos a bandeira da paz”, convida a pequena Thaila da Silva, vencedora do concurso representando o 6º ano. A mensagem que fica é de que a batalha continua, mas agora com o apoio de todos.