As merendeiras da rede estadual de ensino são responsáveis por preparar a alimentação diária dos alunos. Com muita dedicação e empenho, elas cumprem o papel não somente de alimentá-los, mas de transformar o alimento em amor e carinho. E para tornar a refeição nas escolas ainda mais prazerosa, a Educação dá continuidade ao Projeto Cozinheiros da Educação, por meio do treinamento oferecido às protagonistas da alimentação escolar pela chef Janaina Rueda.
Para Viviane Piatecka, responsável técnica do Projeto, o treinamento com a chef é uma forma de motivar e engajar as merendeiras em suas funções. “Elas se sentem valorizadas, elas sentem que elas não são só uma merendeira escolar, que elas são cozinheiras, que elas mudam a educação dos alunos. Então aqui a Janaina também fala um pouco do papel delas como educadoras, e aí elas se sentem valorizadas e saem daqui a todo vapor para introduzir o projeto na escola”, afirmou.
Para Luciana Barbara da Rocha, cozinheira da E.E. Beatriz Astorino Bassi, da capital, o projeto ajuda a tornar as refeições das crianças ainda mais saborosas. “As receitas não são muito difíceis, porém elas ficam muito saborosas, maravilhosas. Então, eu creio que vai dar um resultado melhor na nossa comida. Se ela é boa, agora vai ficar ótima agora”, disse.
“Adoro cozinhar, é uma forma de demonstrar o amor da gente para as pessoas e é gostoso você ver uma pessoa comer e falar para você: tia, a comida está uma delícia!”, finalizou Leonor Moura Arcine, cozinheira da E.E. Mario Marques de Oliveira.
Sobre o Projeto
A reformulação do cardápio da merenda escolar começou ainda nas férias de julho de 2016, com os estudos para a criação de 10 novos pratos, pensados e elaborados pela chef Rueda. Estes pratos têm a característica de serem sempre preparados com alimentos in natura, frescos. A lista inclui receitas com peixe, frango e carne bovina. Na elaboração, foram considerados o paladar dos estudantes e as taxas nutricionais necessárias para cada refeição. Estrogonofe, refogado de carne moída, macarrão com sardinha e até uma opção vegetariana estão no menu.
Com a substituição de produtos enlatados de origem animal, a partir de agora, só vão entrar nas cozinhas destas escolas alimentos frescos e prioritariamente integrais. Os alimentos enlatados serão substituídos gradativamente, já que muitas escolas têm estoques.
A reformulação teve início pela E.E. Maria José, localizada na capital, que abrigou o projeto piloto e já substituiu os pratos pelo novo cardápio. Por se tratar de uma rede com cerca de cinco mil escolas, espalhadas por 91 Diretorias de Ensino, a Secretaria também organizou um plano estratégico para formação e profissionalização de merendeiras e empresas terceirizadas. Afinal, serão elas as responsáveis pela produção diária dos pratos.