São Paulo é o primeiro Estado a ocupar o topo do ranking dos três ciclos avaliados pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O resultado histórico foi divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Educação (MEC) e diz respeito às provas aplicadas em 2015. De acordo com os resultados, a rede estadual paulista aparece na 1ª posição na análise do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Médio.
Nos Anos Iniciais (1º ao 5º do fundamental), São Paulo ocupa a liderança isolada da faixa, passando de 5,7 em 2013 para 6,4 em 2015. A média é superior à meta estabelecida pelo Governo Federal para o ano de 2019, que é de 6,3. Nos Anos Finais (6º ao 9º do fundamental), mais uma conquista importante: os alunos da rede estadual paulista avançaram de 4,4 para 4,7.
No Ensino Médio, ciclo que reúne a maior quantidade de alunos da rede estadual e os maiores desafios dos educadores de todo mundo, São Paulo também apresentou crescimento na média. Os estudantes saíram de 3,7 para 3,9.
“A despeito das dificuldades financeiras, políticas e econômicas dos últimos anos, a rede estadual paulista melhorou. Os professores ensinaram e os alunos aprenderam”, afirmou o secretário da Educação, José Renato Nalini, durante a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
“Nós somos o único estado brasileiro que investe 30% em educação. Não há nenhum outro estado brasileiro que invista mais de 25%”, destacou Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo.
Prova nacional confirma avaliação paulista
Em 2015, os alunos matriculados na rede estadual também obtiveram média histórica no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo). Na última avaliação, todos os níveis de ensino avançaram. No ciclo 1 do Ensino Fundamental, o índice chegou a 5,25. No ciclo 2 do Fundamental, alcançou 3,06 (a meta para daqui a 15 anos é 6,0). No Ensino Médio, 2,25 (a meta é 5,0 em 2030). Para o cálculo, a Secretaria une o resultado do Saresp (em provas de Língua Portuguesa e Matemática) a taxas de aprovação, reprovação e abandono.
Duas décadas
Nas últimas duas décadas, a rede estadual de São Paulo transpôs desafios importantes, como a inclusão escolar e a alfabetização.
São Paulo conta com um currículo unificado para todos os estudantes e materiais didáticos próprios para cada série desde 2008 (o currículo no Brasil está sendo discutido atualmente). Além disso, criou uma escola dedicada à formação de professores (EFAP) e implantou um sistema de meritocracia que bonifica todos os funcionários das escolas que apresentam melhora na qualidade do ensino.
Programas dedicados a ciclos de ensino específicos, como o Ler e Escrever, permitiram que a rede paulista alcançasse o melhor índice de alfabetização do país: hoje 98,7% das crianças até 7 anos sabem ler e escrever. O fato é reforçado com os resultados do índice federal (Ideb), no qual os primeiros anos apareceram em primeiro lugar no ranking Brasil e ultrapassaram, em 2015, as metas estabelecidas para 2019.
*Atualizada em 08/09/2016 às 19h40