Com o objetivo de avançar em ações transformadoras conectadas aos desafios atuais, a Diretoria de Ensino da Região de Franca firmou convênio inédito com a Unesp e o Instituo Confúcio para a realização do curso de mandarim nas dependências do Centro de Estudos de Línguas (CEL) Torquato Caleiro. Desde março, cerca de 500 inscritos concorreram às 150 vagas para essa edição do curso. Os critérios para classificação dos inscritos foram assiduidade e excelente desempenho acadêmico.
Ainda em março, a professora chinesa Sun Qian, que adotou o nome Lúcia, foi recebida pela dirigente de ensino Maria Luiza Franco Nery Machado, pela diretora da UNESP-Franca, Célia Maria David, e pela equipe da coordenação do CEL Torquato Caleiro.
As aulas de mandarim já estão em curso. O grande interesse pela língua e a assiduidade dos alunos têm surpreendido os responsáveis pela difusão do curso na sede do Instituto Confúcio. Para o professor doutor Luís Antonio Paulino, diretor do Instituto Confúcio na Universidade do Estado de São Paulo, “a UNESP, através da sua direção, tem feito grandes investimentos no desenvolvimento do instituto, tem dado grande apoio. Começamos nossas atividades em um local relativamente pequeno, mas depois fomos transferidos para uma área de quase 2 mil metros quadrados, com biblioteca, auditório, centro cultural, 5 salas de aula, entre outras vantagens. E isso tem impressionado de maneira particular os dirigentes chineses do Instituto Confúcio”, esclarece.
O professor Paulino explica que o “Instituto Confúcio é uma instituição criada pelo governo chinês, com o objetivo de divulgar o ensino da língua e da cultura chinesas no mundo. Ele se constitui através da parceria entre uma universidade local e uma chinesa. Dentro desse modelo, existem cerca de 400 unidades em aproximadamente 120 países”, afirma.
Segundo a aluna Amiris Rodrigues Barros, ETEC Dr. Carmelino Correia Júnior, em Franca, aprovada no exame HSK1, “tem sido muito importante ter uma professora nativa. Isto facilita no avanço da aprendizagem da língua”, explica.
Amiris já representou o Brasil na china, numa competição de mandarim chamada “Chinese Bridge”. Por ser destaque, a aluna se tornou a interprete da professora de mandarim na cidade de Franca. “Hoje mesmo ela foi ao supermercado com a Lúcia. Então, a Amiris está aprendendo, praticando e, ao mesmo tempo, sendo a nossa interprete voluntária, ajudando tanto a nós, da Secretaria da Educação, quanto a professora chinesa”, relata o Professor Coordenador de Núcleo Pedagógico de Língua Estrangeira Moderna, Euripedes Pedro Mendonca Dias.
Gabriel Augusto Nunes estuda inglês no CEL Evaristo Fabricio e mandarim no CEL Torquato Caleiro e um dia sonha em usar as duas línguas profissionalmente. “Eu procurei as duas línguas pois pretendo, um dia, me tornar um tradutor. E as aulas no Torquato me ajudam, também, a ampliar o conhecimento em inglês, pois a professora Lúcia se comunica bastante conosco na língua inglesa”, afirma.
“Como em Franca temos cursos universitários de Turismo, Comércio Exterior e Relações Internacionais, os alunos que têm conhecimento do Mandarim e do Inglês poderão, ao término do Ensino Médio, sem ter que sair de Franca, continuar sua formação em uma das universidades locais (UNESP, UNIFACEF, UNIFRAN) e, mais tarde, vir a trabalhar em empresas brasileiras na China ou no Brasil ou em empresas que mantêm negócios com a China ”, finaliza Samuel da Silva Ferreira, que é de Cristais Paulistas e estuda na E.E. João de Faria (Cristais Paulista). Samuel foi aprovado nos seguintes exames e níveis: HSK1, HSK2 e HSKK.