Material didático será lançado até o final do ano e distribuído nas 16 escolas de origem guarani existentes no estado de São Paulo
Até o fim de 2012 os alunos indígenas da rede estadual passarão a contar com uma cartilha de alfabetização em guarani em dois volumes, feita pelos próprios índios com supervisão de um linguista especializado. Ao todo, serão 8.400 livros distribuidos em 16 escolas de origem guarani das 31 existentes no estado.
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O objetivo da iniciativa é garantir educação de qualidade aos alunos indígenas, respeitando as especificidades de cada grupo. Para a diretora do Centro de Atendimento Especializado (Caesp), responsável pelo Núcleo de Educação Indígena, Maria Elizabete da Costa, a iniciativa valoriza e reafirma as identidades étnicas e culturais das comunidades.
“Cada etnia tem sua necessidade por isso a Secretaria tem essa preocupação de atender todos com material especifico. Nós oferecemos uma política que prevê a formação de professores e estimula a produção de materiais didáticos específicos para os diferentes grupos étnicos existentes no estado”, explica a coordenadora. Para manter a cultura fortalecida dentro da comunidade, todas as escolas indígenas da rede são bilíngues, portanto os alunos aprendem tanto português quanto a língua natal.
Além da cartilha de alfabetização em guarani, a Secretaria da Educação – em parceria com a Fundação de Apoio à Faculdade de Educação da USP – promoveu durante um curso de formação superior, realizado em 2005, a elaboração do material didático usado hoje em todas as escolas indígenas da rede. O material atende as cinco línguas trabalhadas nas unidades: guarani, tupi-guarani, terena, kaingang e krenak.
Entre os assuntos abordados nos materiais estão títulos como Jogos Educativos para o Ensino e Aprendizagem de Línguas Indígenas, Um caminho para a Educação Escolar Indígena, Educação Escolar em contexto bilíngüe Intercultural, Narrativas de Memória e livros com histórias contatas pelos próprios índios.
Além da cartilha de alfabetização que está em andamento, outros materiais já estão sendo desenvolvidos pela Secretaria da Educação. A meta agora é produzir o mesmo material para alunos de etnia tupi-guarani.