Os alunos do Ensino Fundamental das Escolas de Tempo Integral passaram a ter um currículo mais atrativo a partir do início deste ano. A matriz curricular dessas escolas, que somam 297 unidades em todo o Estado, foi reformulada, com o acréscimo de oficinas nas áreas de ciências da natureza e humanas.
Além disso, com foco na alfabetização dos alunos, o currículo base ganha reforço, com mais aulas de português e matemática para os anos iniciais do Ensino Fundamental.
A reorganização do currículo é resultado de um processo que começou em 2011 e contou com a colaboração de dirigentes e supervisores de ensino de todo o Estado. Sem qualquer alteração no currículo base, a mudança propicia maior autonomia para as escolas e diversidade de áreas de conhecimento a serem estudadas.
A partir deste ano, as Escolas de Tempo Integral passam a contar com oficinas curriculares de temática eletiva, contemplando todas as áreas de conhecimento.
Essas oficinas são escolhidas de acordo com a proposta pedagógica de cada unidade escolar. A novidade garante mais autonomia às escolas, que passa a ter opções mais variadas de oficinas curriculares. No caso dos 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental, não houve mudança na base regular, portanto o conteúdo relativo a essas áreas de conhecimento já era abordado de forma transversal nas disciplinas estabelecidas dentro do que diz a Lei de Diretrizes e Bases.
Foco em Língua Portuguesa e Matemática
O foco nos anos iniciais do Ensino Fundamental em toda a rede estadual paulista está na alfabetização dos alunos. Para isso, foi criado o programa Ler e Escrever, que promove o desenvolvimento das competências leitora e escritora e dos conceitos básicos da matemática, envolvendo na prática de sala de aula elementos da vida social e cotidiana e conhecimentos de diferentes áreas.
Desde 2007, ano de implantação do programa Ler e Escrever, o índice de crianças plenamente alfabetizadas até o 3º ano do Ensino Fundamental subiu mais de sete pontos percentuais, atingindo a marca de 95% em 2011, de acordo com a avaliação do Saresp. Em 2007, o percentual era de 87,4%. Esses dados colocam a rede estadual paulista à frente do restante do país, já que, de acordo com os dados do Censo de 2010, 84,8% da população nessa faixa etária são alfabetizados em todo o Brasil.