A luta de milhares de mulheres refugiadas mundo afora inspirou uma escola da rede estadual em Guarulhos a criar uma exposição sobre a trajetória inspiradora dessas mulheres.
Localizada em Guarulhos, a E. E. Tomie Ohtake sedia até dia 25 de maio a exposição “Vidas Refugiadas”. São painéis fotográgicos gigantes, com imagens e histórias de mulheres nascidas na Angola, Cuba, Síria e África, mas que foram obrigadas a deixar seus países de origem.
Para a direção da escola, ações como estas nas escolas públicas ajudam a quebrar as barreiras da discriminação com os refugiados e criar uma corrente de solidariedade e empatia. “Temos um olhar muito forte para a arte e os talentos. Isso é tudo o que ela representa. Muitos de nossos alunos apresentam esse dom artístico”, explica a vice-diretora da unidade, Sirlei dos Santos Gonçalves.
A exposição aborda de forma bastante sensível a vida dessas mulheres e sua luta para sobreviver diante das dificuldades, principalmente no combate ao preconceito.
Trazida pelo professor de arte da unidade, que é membro da secretaria de cultura de Guarulhos, a exposição fica até dia 25 de maio dentro da escola e está à disposição para toda a comunidade escolar. “Atividades como essa são fundamentais para a rede e geram alto impacto pedagógico”, explica o secretário executivo de educação, Haroldo Rocha.
A exposição de fato impactou a vida escolar. O tema refúgio inspirou diversos trabalhos feitos na unidade, muitos deles de forma conjunta. Na disciplina de português, os alunos produziram resenhas críticas e artigos de opinião. Em geografia, o professor trabalhou a questão dos imigrantes na formação territorial brasileira.